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NOVA CRIATURA – NOVA IDENTIDADE

Palestra proferida no Congresso de Mulheres 2019 por Carol Fickel

A mulher samaritana II (4.27-42)

Gostaria de retornar ao relato da mulher samaritana. Na última palestra vimos que no momento em que a conversa entre ela e Jesus estava intensa chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse ali conversando com uma mulher e ainda mais samaritana – (vs. 27).

Vamos ler então o desfecho desse encontro é suas aplicações para nossa vida. Vamos retomar alguns aspectos: Em primeiro lugar, não por acaso, Jesus vai ao encontro de uma mulher, estigmatizada que em sua terrível alienação está na presença das únicas companhias que lhe são fieis: os seus pensamentos e sofrimentos. Jesus tinha um encontro marcado com ela, sem ela ao menos o saber. Apesar do possível escândalo que tal atitude pudesse gerar entre seus discípulos, Jesus sabe da urgência daquele diálogo e de sua ação salvadora. Se Jesus estava cansado da viagem, aquela mulher estava cansada da vida. Mal sabia ela que sua sede era maior do que a de Jesus. Mal sabia que diante dela estava a verdadeira fonte de água do amor de Deus que promove restauração.

Aquele diálogo tão profundo, foi um divisor de águas. Não demorou muito para ela largar seu pote e voltar a cidade para testemunhar sobre o que ela tinha visto e ouvido. O que a levou a tomar tal atitude? Ela estava convencida de que Jesus não era apenas um profeta que lhe revelara os segredos de sua vida, mas o Messias que lhe ensinaria todas as coisas e que ao desnudar a miséria e aridez desértica do seu coração lhe transformou num jardim. Olhem o que nos diz Salmos 126.4 “Restaura, SENHOR, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe.”Neguebe é a denominação de uma região desértica que fica no Sul da Palestina, abaixo da linha das cidades de Belém e Hebrom, o calor lá chega a 60 graus. É um lugar onde os beduínos, os nômades dos desertos, precisam andar todos cobertos porque o calor é tão intenso  que ele começa a rachar a pele… os cabelos das mulheres não podem estar nem um fio descoberto porque senão eles começam a se quebrar com o calor da região… a condição climática ali arrebenta com qualquer vida. 

Mas, durante a estação das chuvas ocorria algo muito especial com o Neguebe. Na Palestina as chuvas caem no período que vai do mês de outubro até o mês de abril, sendo que na segunda fase da estação caem as chuvas torrenciais ou chuvas serôdias como está mencionado na Bíblia. Com estas chuvas caindo na Palestina as águas gradativamente vinham escorrendo pelos montes até atingirem o deserto do Neguebe que ficava na região mais baixa. 

As águas abundantes formavam vários riachos que regavam o deserto e em poucos dias o lugar que antes era tão feio, solitário e sem vida ganhava outro aspecto. Os campos tornavam-se lindos, úmidos e floridos, coberto pelo verde da vegetação que ali era desenvolvida. A vida do lugar era restaurada. Os animais retornavam e a paisagem do ambiente tornava-se linda. Neste período também floresce uma flor naquele lugar de uma beleza rara… parece até mentira que uma paisagem pode mudar tanto assim não é? Pois foi o que ocorreu com aquela mulher. Como pode ser isso? Alguém mudar tanto assim? Como pode um coração desértico se tornar na imagem do paraíso, num Jardim?

O impacto torrencial desse encontro levou a mulher a largar seu cântaro e ir até os habitantes de sua cidade. Isso é muito significativo. Cabe aqui uma alegoria, o cântaro representa o abandono das velhas prioridades presas a velha vida. A mulher que se isolava por sofrimento e vergonha, ao encontrar a água viva e eterna abandona o cântaro que só podia conter a água perecível e estagnada, se faz missionária. Uma profunda transformação, um milagre ocorrera ali. Uma nova identidade foi forjada.

Isso leva, novamente, a pergunta que não pode calar: Como um Deus Justo pode perdoar-nos e reestabelecer nossa identidade em meio a nossa miserável condição e ainda permanecer justo?  Uma vez que a identidade de Deus é composta por seus atributos eternos dentro os quais Justiça e Santidade. A identidade do ser humano é pecadora. Como se dá esse encontro e aceitação sem que Deus se torne cúmplice de nossa culpa? Sem comprometer seus atributos?

Vejam, o pecado é mortal e radical.É como um câncer, não pode ser tratado com medidas paleativas. O pecado nos torna mortos em nossos delitos conforme Paulo nos afirma em Efésios 2.5. No encontro de Jesus com aquela mulher estamos diante não de um mero melhoramento moral ou um implemento de vida a partir de auto estima e autoajuda. Jesus não agiu como um coach fazendo com que ao olhar para dentro de si a Samaritana encontrasse valor. Pelo contrário, ele revelou a gravidade mortal de sua condição e que de fato o que ela precisava não estava dentro dela, mas nEle. Ela não precisava de dicas de autoajuda ou caminhos para auto estima, aliás o ser humano pecador já nasce com autoestima e amando a si acima de tudo, acima de todas as coisas. Essa é nossa miserável condição. Pelo contrário, ela precisava de ressurreição. De um novo nascimento! 

Ela entendeu que nunca conseguiria emendar seus caminhos, reformar sua vida, melhorar seu procedimento, fazer coisas boas para compensar as más, porque o que ela (e todos nós) precisamos é de uma ressurreição, nada menos que isso. Precisamos nascer de novo, conforme Jesus falara antes a Nicodemus. 

Mas como nascer novamente? Como equacionar perdão de Deus, santidade e justiça com nosso pecado? Como um Deus Santo pode ser justo e ao mesmo tempo justificador do pecador sem ser seu cumplice? Qual é afinal a reposta para esse dilema? A Resposta está em Jesus e na sua cruz! Vamos ler:

      “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro). “Gálatas 3.13

     “Deus propôs [a Cristo], no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ler Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos. Tendo em vista a manifestação da Sua Justiça no tempo presente, Ele mesmo ser o Justo e o Justificador daquele que tem fé em Jesus Cristo.” Romanos 3.25-26

    “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” 1 João 4.10

Se Deus não fosse justo, não haveria exigência para o sofrimento e a morte de seu Filho. E se Deus não fosse amoroso, não haveria disposição do Filho de sofrer e morrer. Mas Deus é justo e amoroso. Assim, seu amor se dispõe a cumprir as exigências de sua própria justiça e da sua Lei.

A Lei de Deus exige: “Amarás… o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6.5). Porém, todos temos amado mais a nós mesmos e as outras coisas que brotam desse amor doentio. O pecado é isso — desonrar a Deus pela preferência de outras coisas, e agir com base nessas preferências, guiados por elas como no caso da samaritana o seu vício por relacionamentos amorosos fracassados e sucessivos. Assim, diz a Bíblia que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Nós glorificamos aquilo em que mais temos prazer. E após a queda não é Deus, somos nós mesmos.

Sendo assim, o pecado não é algo pequeno, porque não é uma falta contra um pequeno REI. A seriedade do insulto aumenta com a dignidade daquele que é insultado: DEUS. O Criador do universo é infinitamente digno de respeito, admiração e lealdade. Sendo assim, deixar de amá-lo não é trivial — é uma traição. Difama a Deus e destrói a felicidade humana fazendo-a perder sua vocação original e consequentemente sua identidade.

As pessoas perguntam porque a cruz? Porque nós precisamos entender que a Bíblia diz retomando nossa primeira palestra: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” e vocês não têm ideia do que isso significa, que nascemos totalmente depravados, odiando a Deus e amando a nós mesmos de maneira idólatra, que nós nunca buscaríamos a Deus, nunca iríamos a Deus, nós nos rebelamos contra Deus, quebramos toda a Lei. Não é só uma questão de que  já pecamos uma vez aqui e outra acolá e um band aid resolverá a questão. A questão é: nunca fizemos nada além de pecar.É o que o diálogo com a mulher revelou. “até as nossas maiores obras são como trapos de imundícia perante Deus”. E por causa disso, você sabe o que merecemos? A ira de Deus. 

Nós precisamos entender uma coisa, Jesus Cristo ensinou, os profetas ensinaram, os apóstolos ensinaram isto: que, a não ser a graça de Deus, revelada em Jesus Cristo, nosso Senhor, a única coisa que resta para nós é a ira, a violenta ira de Deus, por causa de nossa rebeliãoe de nossos pecados. Deus é justo, ele não varre esses crimes para debaixo do tapete do universo. Ele tem ira santacontra eles. Merecem a punição e isso fica muito claro “porque o salário do pecado é a morte”(Rm 6.23). “A alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.4). Paulo nos revela em Efésios 2.1-3 o tripé sobre o qual nossa identidade caída, por natureza, se estrutura: morte, desobediência e ira.

Existe, portanto, uma santa maldição pairando sobre todo o pecado. Não punir seria injustiça. Seria endossar o desmerecimento de Deus o tornando cumplice de nosso pecado. Mas assim, Deus disse: “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las” (Gl 3.10; Dt 27.26). Mas o amor de Deus não descansa com a maldição que paira sobre toda a humanidade pecaminosa. Ele não se contenta em demonstrar a ira, por mais santa que seja. Assim, Deus envia seu próprio Filho para absorver a sua ira e carregar a maldição no lugar de todos quantos nele confiam. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar” (GI 3.13). 

“À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Marcos 15.34)

Diante de nós está o coração do Evangelho. Um dos grandes males da pregação evangelística contemporânea é que ela raramente fala da condição humana e explica a cruz de Cristo. Não é suficiente dizer que ele morreu – todos os homens morrem. Não é suficiente dizer que ele morreu uma morte nobre – mártires ao longo da história fizeram e fazem o mesmo. É infinitamente mais que isso!

Devemos entender que não teremos proclamado completamente a morte de Cristo com poder salvador até que tenhamos limpado as confusões que a cercam e exposto seu verdadeiro significado: Ele morreu carregando as transgressões de seu povo e sofreu a pena divina por seus pecados. Ele foi abandonado por Deus e esmagado sob a ira de Deus em nosso lugar!!!

É esse o significado da palavra “propiciação” em  (Rm 3.25). Refere-se à remoção da ira de Deus por prover um substituto. O próprio Deus oferece o substituto. Jesus Cristo não apenas cancela a ira; ele absorve-a e desvia-a de nós para si mesmo. A ira de Deus é justa, e foi executada, não retirada. “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”. 1 Coríntios 5:21. Sem relegar a cruz a segundo plano mas para colocá-la em destaque, não podemos nos esquecer da razão pela qual a morte de Jesus tem infinito valor diante de Deus, o Pai. E a resposta está na vida sem pecado do Filho de Deus, uma vida de cumprimento perfeito da lei do Senhor. 

Não houve um momento sequer da vida de Jesus em que o pecado tenha o tocado. Nenhuma palavra, nenhum ato, nenhum pensamento, nenhuma motivação. Tudo o que Jesus fez foi para a glória de Deus, segundo a vontade de Deus, no poder do Espírito de Deus. Ao contrário do primeiro Adão, que pecou em um mundo antes sem pecado, o último Adão não pecou mesmo em um mundo mergulhado no pecado. Do começo ao fim, sem pecado. Essa é a razão porque Jesus é o único qualificado para nos fazer “justiça de Deus”. Uma vida manchada pelo pecado, ainda que fosse uma única mancha, não é uma oferta válida para satisfazer o padrão divino de justiça. Ele, e somente Ele, não conheceu pecado. Ele cumpriu toda a lei de Deus. “Foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4.15b), com o agravante de ter enfrentado uma inigualável oposição demoníaca, pois o Diabo e seus servos malignos sabiam que Ele era o Santo de Deus (Mc 1.24). 

Quando Jesus de Nazaré, o Filho, a 2ª Pessoa da Trindade, pregado em uma cruz romana, disse “Está consumado!” e entregou seu espírito, o Deus Pai não viu apenas condenação e morte. Ele viu a justiça sendo finalmente manifestada (Rm 3.26). A punição que o pecado exige de um Deus justo e santo foi plenamente satisfeita através de um sacrifício de infinito valor: a morte de uma vida justa, a vida do Filho de Deus, o homem divino. Não poderia ser algo de menor valor. Não existe nada de maior valor. A não-pecaminosidade de Jesus é a base para o valor de sua morte na cruz. Por isso Ele pode ser o substituto de todo o povo eleito de Deus.

Pela fé em Cristo, somos mais que perdoados. Somos “feitos justiça de Deus”. Na escala da justiça, não saímos do negativo para o neutro. Saímos do infinitamente negativo para o infinitamente positivo! Do império das trevas para o reino da luz. De alvo da ira para objeto do amor. De inimigos para filhos.A troca graciosa de nossa injustiça pela justiça de Jesus pôde acontecer somente porque Ele não conheceu pecado.

Por isso nem Satanás ou qualquer outra criatura podem acusar Deus de injusto ao justificar terríveis pecadores como eu e você. Por que em Cristo, cumprimos toda lei. Através da fé, a vida sem pecado dele é a nossa vida. Diante do tribunal do Juiz de toda a terra, somos tão justos quanto Jesus. O que era impossível para nós, o próprio Deus fez, “para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”.Abandonemos, portanto, toda tentativa de aprovação diante de Deus por qualquer coisa que não seja a perfeita, completa e consumada justiça de Cristo. E se alguém se gloriar, glorie-se somente na cruz daquele que não conheceu pecado. Noutras palavras Paulo está dizendo que Deus Pai tratou Jesus Cristo, o Filho perfeito em todos os seus caminhos, como um pecador ou pessoa injusta, para que nós pecadores imperfeitos em todos os nossos caminhos, pudéssemos ser tratados como justos.

O Filho de Deus trocou de lugar com os homens pecadores, redimindo-os da maldição da lei, fazendo-Se maldição por eles. E ao3º diaRESSUSCITOU, pois a morte não pode dete-lo. O Pai, na força do Espírito Santo ressuscita o Filho.

Não podemos brincar com Deus ou deixar por menos o seu amor. Jamais estaremos diante de Deus maravilhados por sermos por ele amados até que reconheçamos a seriedade de nosso pecado e a justiça de sua ira contra nós. Mas quando, pela graça, acordamos para nossa própria indignidade, podemos olhar o sofrimento e a morte de Cristo e dizer: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”(1Jo 4.10). Esse encontro com Cristo é o cerne da nossa nova identidade. 

Foi o que ocorreu a Samaritana. Ela encontrou em Cristo o tripé sobre o qual sua nova identidade se firma: arrependimento, perdão e fé (Mc 1.14-17).Pensemos numa revolução radical e completa, esse é o Evangelho. Ele promove vida nova, não corrige a velha vida. Ele nos faz nascer novamente. Ninguém entrará no céu por uma vida corrigida, mas sim, por uma nova vida. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2.10. Quando o apóstolo Paulo fala que nós somos feitura de Deus, criados em Cristo Jesus, para as boas obras, usa o termo grego POIEMA para descrever a palavra “feitura”. O Evangelho nos torna Poiema”= poesia=feitura de Deus, a arte que Ele concebeu a partir do caos do pecado, tirando-nos do meio da morte como uma nova raça, um novo povo uma nova criação (2Co 5.17). Da morte tirando vida, um poema para a Glória de Deus!

Muitas aqui, com certeza, poderiam dar testemunho disso – de como Cristo lhes deu vida nova ao libertá-las da escravidão da morte, da rebeldia e ira que o pecado produz. Fazendo de sua vida um poema para a glória de Deus. De acordo com as Escrituras Deus escreveu sua lei nas tábuas de pedra com seu próprio dedo. Agora ele a escreve com seu dedo, por intermédio do Evangelho, em nosso coração. Um poema à sua glória, um testamento de sua justiça, um manifesto do seu amor.

A samaritana deixa seu cântaro, repito, ela abandona a beira do poço a velha vida e torna-se radicalmente diferente! Ela vira uma missionária. Ela tornou-se uma nova obra de Deus, algo totalmente novo. Um novo poema de vida começou a ser escrito por Deus.

Você também é o poema de Deus, a expressão máxima de sua ternura. Deus ainda não acabou a obra que começou a realizar em sua vida. O último capítulo da sua vida ainda não foi escrito. O grande projeto de Deus é transformar você numa pessoa parecida com Jesus. Ele quer que você revele ao mundo a suprema riqueza da sua graça! 

 Todo o amor e toda ternura de Deus foram demonstrados por Deus a você. Você foi criado à imagem e semelhança de DEUS. As digitais do Criador estão presentes em sua vida. Ele entreteceu você, de forma assombrosamente maravilhosa, no ventre de sua mãe. Conheceu sua substancia ainda informe. Ouviu a primeira batida do seu coração. Estava presente quando você se mexeu pela primeira vez no ventre da sua mãe. Celebrou seu nascimento e acompanhou seus primeiros passos. Você é preciosa para Deus. O amor de Deus por você recua à eternidade. Deus nunca desistiu de atrair você com cordas de Amor. Deus está escrevendo em sua vida uma linda mensagem. Deus se deleita em você da mesma forma que o noivo se alegra da noiva. Você é filha de Deus, herdeira de Deus, herança de Deus. Você é o deleite de Deus, a menina dos olhos de Deus, em quem ele tem todo o seu prazer. Glorifique a Deus porque em Cristo você tem um valor infinito e eterno. Talvez hoje você não perceba issou, mas Deus ainda está escrevendo esse poema. No final, sua vida terá uma sonoridade agradável aos ouvidos de Deus e será um troféu de sua maravilhosa graça! Uma obra que o glorifica! Afinal é para isso que fomos criadas!!

Como isso ocorre?

Deus nos predestinou para sermos conformes à imagem do seu Filho (Rm 8:29). Deus está esculpindo em nós o caráter de Cristo pelo poder do Espírito Santo (2 Co 3:18). O cinzel que Deus usa para nos transformar é a sua Palavra. Deus nos coloca na bigorna do ferreiro para fazer-nos de um instrumento inútil e enferrujado, um instrumento útil para a sua obra.

O pastor Hernandes Dias Lopes exemplifica: Aqui vemos três “Ps”: 

1) O poeta – Deus Pai; 

2) A pena – Cristo o Filho; 

3) O Poema – S. Humano. 

Deus está trabalhando em nós. A conversão não é o fim da obra, mas o começo. O mesmo poder que lhe deu vida espiritual, pode agora santificar a sua vida para que você possa ser um belo poema para Deus! Quando entendemos por meio de Jesus essa doce verdade finalmente encontramos nossa vocação, nosso lugar e nossa IDENTIDADE.

Vídeo: Deserto do Neguebe– metáfora da nova vida em Cristo.

De um lugar desértico, morto – surge nova vida. Assim acontece conosco quando o manancial da Água Viva – Jesus Cristo– no encontra e nos arrependemos de nossos pecados, abandonando a velha vida para ressurgir numa TOTALMENTE NOVA!“Porque dele, e por meio dele, e para Ele são todas as coisas. A Ele, pois, a glória etern

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UMA MULHER SEM IDENTIDADE

Palestra proferida no Congresso de Mulheres 2019 por Carol Fickel

A mulher samaritana – Jo 4.1-26

A Palavra de Deus nos conta a história de uma mulher sem identidade. O pano de fundo dessa passagem das Sagradas Escrituras é o desprezo profundo que os judeus sentiam dos samaritanos (vs. 9). Mas, como era de se esperar, os samaritanos também não gostavam dos judeus.

Quando os judeus viajavam entre a Galileia e a Judeia, preferiam cruzar o rio Jordão duas vezesa ter de atravessar Samaria. Mas Jesus fez diferente (Lc 9.52 Jesus deseja pernoitar em Samaria). Prof. Werner Wiese dizia em sala de aula: “geograficamente não era necessário).

“Cansado da viagem”– Jesus sentia fadiga e exaustão (Ele se cansa Mt 8.24 Jesus dormindo no barco) por volta da hora sexta, isto é, próximo ao meio-dia, sentou-se Jesus à beira de um poço, com sede.

Os seus discípulos tinham saído para comprarem comida e Ele estava só quando chegou ali uma mulher samaritana que tinha ido buscar água e Jesus, sendo judeu, pediu a ela, mulher samaritana, água para beber. (vv 7-8). 

A hora sextabíblica era supostamente o pior momento possível do dia para se deixar a moradia e se aventurar no calor escaldante. Se alguém for tirar água, neste horário, poderíamos concluir apropriadamente que estava tentando evitar as pessoas. O porque veremos adiante.

Os judeus não se davam com os samaritanos, ou nada tinham em comum com os samaritanos. Na legislação judaica havia itens que proibiam um judeu de usar pratos e copos que tivessem sido previamente utilizados por samaritanos. A mulher ficou surpresa primeiropor Jesus falar com um samaritano, segundo por ela ser mulher e terceiroporque ele queria usar um dos seus utensílios para beber água. 

Ela mesma o interroga dizendo a ele como teria ele coragem de pedir a ela água para beber e ainda em seu cântaro? (v.9). E Jesus lhe fala do dom de Deus – (v. 10). Enfatiza que a salvação não é merecida, mas dada (Ef 2.8); Jesus é o dom de Deus (3.16; Gl 2.20).

Também Ele lhe fala que poderia dar a ela água viva. Essa expressão pode significar “água corrente”, ou seja; que provavelmente é fresca e pura. No Antigo Testamento, era utilizada num sentido metafórico como referência à bênção divina (Jr 2.13; Zc 14.8). Veja ainda Jo 7.37-39. 

A mulher não entendeu, pois Jesus estava ali pedindo água e não tinha com que tirá-la do poço, como poderia ele lhe dar – (v. 11)– água viva? Do mesmo modo que Nicodemos (nascer de novo), a mulher samaritana não entendeu os termos-chave que Jesus usou (v. 15). Ambos, Nicodemos e a mulher tomam literalmente as palavras de Jesus. Pensam em termos materiais.  Ela continua sem entender e o questiona mais ainda. Como poderia ele lhe dar água viva e seria ele maior do que seu Pai Jacó que lhe deixou aquele poço? (v.12) De acordo com uma tradição rabínica da época cria-se que quando Jacó abriu aquele poço, houve um sinal miraculoso. A água jorrara como um chafariz. Durante todo o tempo em que Jacó estivera lá a fonte jorrava. Quando, porém, Jacó foi embora a água parou de jorrar. Serias Tu maior que Jacó? Indaga a mulher!

Jesus então contrastou a satisfação temporária, simbolizada pela água daquele poço, com a satisfação eterna (v.13-14) que jorraria miraculosamente e cuja força transformadora permaneceria na vida da mulher mesmo quando Ele se retirar da Samaria. Aqui temos Jesus preparando a mulher para um confronto com a verdade. Ela é alguém sedenta de vida e com o coração quebrado. Vejam como o Senhor agiu:

  1. Ele abre um diálogo com a Samaritana fazendo um pedido (v7);
  2. Provoca nela curiosidade (v.9);
  3. Implanta nela interesse profundo (v.10);

Jesus fala-lhe da vida eterna. Enfatiza a sua duração sem fim e de excelente qualidade. Em vista da propaganda da água viva, a mulher se encantou com seu discurso e já queria dessa água, principalmente para não precisar mais ir ali retirar água do poço enfrentando o medo e a vergonha. Até então a mulher pensa em termos literais, ela ainda está presa às questões triviais da vida. Ela ainda não percebera que o dom de Deus, a dádiva de Deus –que o próprio Deus falava com ela.

A chegada de Jesus revela que as promessas de Deus à Abraão, Isaque e Jacó se cumpriram nEle. De fato, Ele é maior que Jacó! Jesus assume o papel principal ao longo do diálogo travado no poço de Jacó, afirmando que a salvação chega do Povo da Aliança: Israel. É da linhagem dos Patriarcas e profetas que o Verbo de Deus toma a condição humana para manifestar a salvação, não somente aos Judeus, mas também aos Samaritanos e aos confins da Terra (At 1.8).   

Jesus então manda ela chamar seu marido, mas ela responde que não tinha. 

  • Aqui Jesus confronta a mulher com sua situação. Ele transforma o interesse da Samaritana em convicção de pecados (vv17-18). O Véu que cobria seus olhos cai e ela passa a enxergar.

Percebemos que aquela mulher, tinha uma vida moralmente duvidável. Ela era má vista pela comunidade samaritana e evitada por outras mulheres. Era um mau exemplo naquela sociedade, era uma pecadora. Assim a mulher Samaritana veio ao poço em uma hora em que as outras estariam preparando o almoço, cuidando de suas famílias, podendo assim evitá-las. Ela sofria preconceito por ser mulher, discriminação dos Judeus por ser samaritana e dentro da própria comunidade, por ser considerada uma pecadora imoral

Agora o modo de pensar dela muda, seus olhos se abrem, ela entende que Jesus não estava falando de uma água mágica, mas de questões espirituais que envolvem sua própria vida, sua identidade e seu destino.

O diálogo anterior de Jesus com Nicodemus (Jo 3.5-7) é complementar ao diálogo do Senhor com a Samaritana. Sem a implantação da vida do Espírito Santo não há salvação. A água e o Espírito, elementos comuns em ambas conversas, nos remetem ao texto de Ez. 36.25-27 onde Deus promete converter o coração por água pura e pelo seu Espírito. 

A mulher julga, primeiramente, que estava diante de um profeta e aprofunda suas questões envolvendo agora a adoração e a forma correta de fazê-la. (v.19)

Podemos compreender sobre essa mulher que tinha uma profunda crise de identidade que ela era:

  • Confusa emocionalmente e moralmente quebrada: Os relacionamentos sucessivos e ilícitos assim revelam (vv 16-18);
  • Confusa espiritualmente: Ao afirmar que Jesus era profeta (v.19) ela busca entender a respeito da disputa entre os Samaritanos e Judeus quanto ao monopólio da fé e da adoração. Ela está sedenta da verdade a respeito de si e de Deus mas não sabe onde encontrá-la.

Podemos deduzir que no coração da mulher paira a questão universal que acomete cada ser humano: Quem sou eu afinal? O Que leva a uma segunda questão ainda mais importante onde está Deus? Aqui ou ali?

      Nossos pais adoravam neste monte– vs. 20. Os detalhes e datas são incertos, mas depois que Samaria foi conquistada pela Assíria (722 a.C.) houve uma divisão entre os judeus da Samaria e os de Jerusalém. Os samaritanos construíram um templo no monte Gerizim, que foi destruído por volta de 130 a.C. Eles continuaram a adorar nesse monte mesmo depois da destruição do templo.

Jesus, em sua resposta, vai mais além e sai da dimensão egoísta e terrestre da adoração e aponta para algo maior, uma adoração verdadeira, pessoal e autêntica, que iria muito além de locais físicos. (v.24). 

Logo, a adoração cristã não está mais limitada a nenhum local terreno como na Antiga Aliança, mas antes se dirige aos céus e é oferecida na plenitude do Espírito Santo, mediante a obra de Cristo na cruz (Hb 9.11-28). Assim como sem a implantação da vida do Espírito Santo e sem o lavar regenerador dos pecados não há possibilidade de salvação, também não poderá haver verdadeira adoração. 

A mulher, vendo a resposta profunda de Jesus, lhe fala da vinda do Messias que ensinaria a eles todas as coisas. Era está a expectativa samaritana quanto ao Messias: Ele seria mestre! 

Jesus responde precisamente que ele era o Messias esperado. Ele diz para ela “Eu o sou” – (vs. 26). A única ocasião registrada antes do julgamento na qual Jesus afirma ser o Messias. A Samaritana agora reconhece que Jesus é mais do que um profeta (vs. 19,29,39); ele é o Salvador  do mundo.

Foi bem nesse momento que a conversa estava intensa que chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse ali conversando com uma mulher e ainda mais samaritana – (vs. 27).

Fazemos uma pausa no desdobramento da história e retomamos o desfecho na próxima palestra.

 Gostaria de salientar agora pontos de contato entre a situação da mulher Samaritana e nós hoje. Tal qual o Senhor Jesus fez ao usar o Poço de Jacó como ilustração para revelar que as verdades de Deus são eternas e suas promessas se cumprem. 

Ao nos debruçarmos sobre a palavra de Deus vemos que a vida dessa mulher até aqui, retrata a realidade de cada pessoa desde a queda como vimos na primeira palestra. O fato de não sabermos seu nome nos permite colocarmo-nos em seu lugar. Obviamente cada uma de nós tem uma história, mas no fundo partilhamos das mesmas questões que a assombraram:

  • Quem sou eu afinal? 
  • Onde está Deus?

Ambas falam de Identidade!

            Identidade é importante. É importante para a nossa cultura, inundada por políticas identitárias cada vez mais fragmentadas, segregatórias e subjetivas (políticas só para mulheres, só para gays, só para negros, só para índios,…). Fala-se em identidades de gênero, de etnia, de hedonismo (que é a busca de identidade pelo prazer) feminismo, etc…. O resultado prático é a desagregação que leva o ser humano a presenciar uma ruptura profunda em seu ser. 

Quanto mais o ser humano busca construir uma identidade que o represente no mundo em que vive, tanto mais ele se torna: 

alienado de si(A samaritana era mulher de muitos homens mas não pertencia a ninguém, era confusa quanto seus sentimentos), 

alienado do mundo que habita(Lembremos a vergonha da mulher samaritana indo à hora sexta buscar água, se alienando dos seus vizinhos)      e 

alienado de Deus(A samaritana não sabia onde Deus estava: aqui ou ali?). Segundo o matemático Blaise Pascal: “E assim é o ser humano: tão vazio que se preenche com qualquer coisa, por mais insignificante que seja.” 

Essas insignificâncias tornam-se ídolos nos quais o ser humano procura a sua redenção a resposta para a pergunta fundamental que o assombra desde a queda: QUEM SOU EU?Idolatria em sua mais profunda raíz é atribuir ao que é temporal e efêmero caráter de eternidade e considerar o que é Eterno temporal e passageiro.

O ser humano busca desesperadamente nesses ídolos a resposta à essa pergunta angustiante e urgente. Mas os ídolos que criamos são mudos. Nada podem dizer a respeito de nós pois são o reflexo distorcido de nossa própria imagem refletida no fundo de um poço de águas estagnadas. 

 VEJAMOS mais uma vez:

  • A samaritana tornou em ídolos seus relacionamentos passageiros e imorais a fim de se redimir e encontrar seu lugar no mundo. Mas falhou miseravelmente. Foi lançada num redemoinho de vergonha e culpa. 
  • Confusa ela anseia pelo verdadeiro Deus mas não atina onde encontra-lo a fim de adorá-lo.  

O seu projeto de vida falha miseravelmente. Como tem falhado cada projeto de vida baseado em si desde a queda. O Pr. John MacArthur disse:

“As pessoas hoje estão procurando uma sensação de autoestima, um sentido de valor, um senso de autoaceitação. Elas querem ser alguém que tenha alguma importância. Querem ter identidade. E essa é a resposta. O homem perdido procura algum significado, uma sensação de identidade, algum propósito e algum valor. Ele quer que alguém diga: “Você vale algo, você tem valor, você é importante”. A mulher samaritana não conseguiu ouvir isso de nenhum dos homens com os quais se relacionou. 

A humanidade vive uma crise de identidade. A maioria está em busca de se encontrar em meio ao caos do mundo. A ciência, como um sistema do mundo, proclamou que não há Deus. A filosofia racionalista convenceu o homem que ele mesmo tem as respostas às suas perguntas. E o homem acreditou na ciência e na filosofia. E se perdeu. Surgiu então a psicologia para tentar remediar a crise de um ser que não sabe de onde veio e qual seu destino. 

Ela fracassou. O homem nunca esteve tão perturbado por conhecer a brevidade da vida e não saber o porquê de sua existência. Ele luta para se esquecer dessa realidade que lhe desafia sem trégua.

Desde sua queda, o homem se tornou destituído de sua identidade, ou seja, de quem ele é e do propósito de sua existência. Inquieto e perturbado, ele busca na realização de seus sonhos e desejos as respostasA auto-realização e a autoestima são os deuses do homem perdido(ex.: a mulher que casou consigo)Esses deuses se apresentam como: carreira profissional, ou progresso intelectual (curso após curso) , ou prazer em suas diversas formas, ou diversão, ou sentir-se aprovado pelos outros, …

Está em alta agora os “Coaching” – treinadores – profissional que é contratado para treinar pessoas para o sucesso. Esses dias vi um anúncio para ser um “coach” internacional. O anúncio dizia o seguinte: “Faça seu desenvolvimento pessoal trabalhar a seu favor para tornar-se realmente feliz. Melhore seu comportamento e conquiste suas metas. Viva a vida na sua melhor versão. 99% de Satisfação.”– Existem cursos para ser “coach” nas mais diversas áreas da vida – dietas, academias, negócios, beleza, cosméticos, na área da psicologia,… –  inclusive esta técnica invadiu com força total os púlpitos de MUITAS igrejas. Pastores que trocaram a pregação da Palavra de Deus por pregações coaching, que eliminando a esperança futura do novo céu e da nova terra, ao prometerem um paraíso de plena satisfação neste mundo, aqui e agora –“99% de satisfação”.

            Depois de muita luta e “treino” pela auto realização e garantir auto estima alta, se pensa ter chegado ao topo. Mas o topo não é um lugar de descanso, mas de inquietação, insegurança e depressão. Tudo que o homem ardorosamente construiu para chegar lá é tão frágil quanto a vida. Como disse Salomão: “E como morre o sábio, assim morre o tolo!” (Eclesiastes 2:16).  

Se seu sonho é sua identidade, ele se tornará um pesadelo, um opressor (ler 2x). Você não terá capacidade de conviver com a perda dele. Você se tornará um refém desse sonho e ele exercerá um domínio opressor sobre você. 

Se nosso sonho é ser aprovado pelos outros, as críticas nos destruirão. O homem viciado em aprovação não suportará a censura, a injustiça, a ingratidão, a indiferença ou o fracasso. Ele se sente em um palco à espera dos aplausos.

O deus da carreira profissional, o deus dos relacionamentos (como no caso da Samaritana), o deus da realização ou quaisquer outros não vão lhe perdoar o fracasso. E muitos migram de um deus para outro, mas apenas trocam de atormentadores.

Sua identidade não deve ser quem você é, mas de quem você é, a quem você pertence. Você não pode se autovalidar ou buscar algum outro homem que lhe valide (como a samaritana). São bases insustentáveis de identidade.

A graça divina deve ser a base de nossa identidade. Ela começa dizendo que “todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam” (Isaías 64:6). Diz também que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). E que a única recompensa que merecemos é a morte, o salário do pecado(Romanos 6:23). A condição natural do homem é a morte (Efésios 2:1) e seu destino é a segunda morte, ou seja, o lago de fogo (Apocalipse 20). É assim que Deus vê todos os homens. Não há mérito algum na humanidade. Não temos nenhuma posição relevante a ser defendida. Todo o reconhecimento humano que buscamos nesta terra é fruto de estúpidos equívocos de um coração mergulhado nas trevas. Essa busca nos prende em grilhões aterrorizantes, rouba-nos a paz e nos faz caminhar por uma estrada sombria e áspera, sedentos, até o poço de Jacó. 

Isso leva a primeira palestra e a pergunta que não pode calar: Como um Deus Justo pode perdoar-nos e reestabelecer nossa identidade em meio a nossa miserável condição e ainda permanecer justo?  A identidade de Deus é composta por seus atributos eternos dentro os quais Justiça e Santidade. A identidade do ser humano é pecadora. Como se dá esse encontro e aceitação sem que Deus se torne cúmplice de nossa culpa sem? Sem comprometer seus atributos?

Essas questões nos constrangem, desnudam nossos corações perversos e expõem a nossa tolice em buscar autoestima e auto-realização no mundo de homens caídos.  Se como a mulher samaritana fracassamos até aqui, qual será o caminho? 

Falaremos sobre isso na próxima palestra.   

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9º Congresso de Mulheres

Você não vai a lugar algum sem um documento que te identifique. Ao conhecer alguém novo você sempre é perguntada pelo nome, de onde vem ou o que faz. Ter consciência da própria identidade também é uma questão de fé. Em quem eu creio diz muito sobre quem eu sou.

Confira aqui como está sendo nosso 9º Congresso de Mulheres em São Bento do Sul/SC entre os dias 12 a 14 de julho de 2019.


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