Palestra proferida no Congresso de Mulheres 2019 por Carol Fickel
A mulher samaritana II (4.27-42)
Gostaria de retornar ao relato da mulher samaritana. Na última palestra vimos que no momento em que a conversa entre ela e Jesus estava intensa chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse ali conversando com uma mulher e ainda mais samaritana – (vs. 27).
Vamos ler então o desfecho desse encontro é suas aplicações para nossa vida. Vamos retomar alguns aspectos: Em primeiro lugar, não por acaso, Jesus vai ao encontro de uma mulher, estigmatizada que em sua terrível alienação está na presença das únicas companhias que lhe são fieis: os seus pensamentos e sofrimentos. Jesus tinha um encontro marcado com ela, sem ela ao menos o saber. Apesar do possível escândalo que tal atitude pudesse gerar entre seus discípulos, Jesus sabe da urgência daquele diálogo e de sua ação salvadora. Se Jesus estava cansado da viagem, aquela mulher estava cansada da vida. Mal sabia ela que sua sede era maior do que a de Jesus. Mal sabia que diante dela estava a verdadeira fonte de água do amor de Deus que promove restauração.
Aquele diálogo tão profundo, foi um divisor de águas. Não demorou muito para ela largar seu pote e voltar a cidade para testemunhar sobre o que ela tinha visto e ouvido. O que a levou a tomar tal atitude? Ela estava convencida de que Jesus não era apenas um profeta que lhe revelara os segredos de sua vida, mas o Messias que lhe ensinaria todas as coisas e que ao desnudar a miséria e aridez desértica do seu coração lhe transformou num jardim. Olhem o que nos diz Salmos 126.4 “Restaura, SENHOR, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe.”Neguebe é a denominação de uma região desértica que fica no Sul da Palestina, abaixo da linha das cidades de Belém e Hebrom, o calor lá chega a 60 graus. É um lugar onde os beduínos, os nômades dos desertos, precisam andar todos cobertos porque o calor é tão intenso que ele começa a rachar a pele… os cabelos das mulheres não podem estar nem um fio descoberto porque senão eles começam a se quebrar com o calor da região… a condição climática ali arrebenta com qualquer vida.
Mas, durante a estação das chuvas ocorria algo muito especial com o Neguebe. Na Palestina as chuvas caem no período que vai do mês de outubro até o mês de abril, sendo que na segunda fase da estação caem as chuvas torrenciais ou chuvas serôdias como está mencionado na Bíblia. Com estas chuvas caindo na Palestina as águas gradativamente vinham escorrendo pelos montes até atingirem o deserto do Neguebe que ficava na região mais baixa.
As águas abundantes formavam vários riachos que regavam o deserto e em poucos dias o lugar que antes era tão feio, solitário e sem vida ganhava outro aspecto. Os campos tornavam-se lindos, úmidos e floridos, coberto pelo verde da vegetação que ali era desenvolvida. A vida do lugar era restaurada. Os animais retornavam e a paisagem do ambiente tornava-se linda. Neste período também floresce uma flor naquele lugar de uma beleza rara… parece até mentira que uma paisagem pode mudar tanto assim não é? Pois foi o que ocorreu com aquela mulher. Como pode ser isso? Alguém mudar tanto assim? Como pode um coração desértico se tornar na imagem do paraíso, num Jardim?
O impacto torrencial desse encontro levou a mulher a largar seu cântaro e ir até os habitantes de sua cidade. Isso é muito significativo. Cabe aqui uma alegoria, o cântaro representa o abandono das velhas prioridades presas a velha vida. A mulher que se isolava por sofrimento e vergonha, ao encontrar a água viva e eterna abandona o cântaro que só podia conter a água perecível e estagnada, se faz missionária. Uma profunda transformação, um milagre ocorrera ali. Uma nova identidade foi forjada.
Isso leva, novamente, a pergunta que não pode calar: Como um Deus Justo pode perdoar-nos e reestabelecer nossa identidade em meio a nossa miserável condição e ainda permanecer justo? Uma vez que a identidade de Deus é composta por seus atributos eternos dentro os quais Justiça e Santidade. A identidade do ser humano é pecadora. Como se dá esse encontro e aceitação sem que Deus se torne cúmplice de nossa culpa? Sem comprometer seus atributos?
Vejam, o pecado é mortal e radical.É como um câncer, não pode ser tratado com medidas paleativas. O pecado nos torna mortos em nossos delitos conforme Paulo nos afirma em Efésios 2.5. No encontro de Jesus com aquela mulher estamos diante não de um mero melhoramento moral ou um implemento de vida a partir de auto estima e autoajuda. Jesus não agiu como um coach fazendo com que ao olhar para dentro de si a Samaritana encontrasse valor. Pelo contrário, ele revelou a gravidade mortal de sua condição e que de fato o que ela precisava não estava dentro dela, mas nEle. Ela não precisava de dicas de autoajuda ou caminhos para auto estima, aliás o ser humano pecador já nasce com autoestima e amando a si acima de tudo, acima de todas as coisas. Essa é nossa miserável condição. Pelo contrário, ela precisava de ressurreição. De um novo nascimento!
Ela entendeu que nunca conseguiria emendar seus caminhos, reformar sua vida, melhorar seu procedimento, fazer coisas boas para compensar as más, porque o que ela (e todos nós) precisamos é de uma ressurreição, nada menos que isso. Precisamos nascer de novo, conforme Jesus falara antes a Nicodemus.
Mas como nascer novamente? Como equacionar perdão de Deus, santidade e justiça com nosso pecado? Como um Deus Santo pode ser justo e ao mesmo tempo justificador do pecador sem ser seu cumplice? Qual é afinal a reposta para esse dilema? A Resposta está em Jesus e na sua cruz! Vamos ler:
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro). “Gálatas 3.13
“Deus propôs [a Cristo], no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ler Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos. Tendo em vista a manifestação da Sua Justiça no tempo presente, Ele mesmo ser o Justo e o Justificador daquele que tem fé em Jesus Cristo.” Romanos 3.25-26
“Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” 1 João 4.10
Se Deus não fosse justo, não haveria exigência para o sofrimento e a morte de seu Filho. E se Deus não fosse amoroso, não haveria disposição do Filho de sofrer e morrer. Mas Deus é justo e amoroso. Assim, seu amor se dispõe a cumprir as exigências de sua própria justiça e da sua Lei.
A Lei de Deus exige: “Amarás… o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6.5). Porém, todos temos amado mais a nós mesmos e as outras coisas que brotam desse amor doentio. O pecado é isso — desonrar a Deus pela preferência de outras coisas, e agir com base nessas preferências, guiados por elas como no caso da samaritana o seu vício por relacionamentos amorosos fracassados e sucessivos. Assim, diz a Bíblia que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Nós glorificamos aquilo em que mais temos prazer. E após a queda não é Deus, somos nós mesmos.
Sendo assim, o pecado não é algo pequeno, porque não é uma falta contra um pequeno REI. A seriedade do insulto aumenta com a dignidade daquele que é insultado: DEUS. O Criador do universo é infinitamente digno de respeito, admiração e lealdade. Sendo assim, deixar de amá-lo não é trivial — é uma traição. Difama a Deus e destrói a felicidade humana fazendo-a perder sua vocação original e consequentemente sua identidade.
As pessoas perguntam porque a cruz? Porque nós precisamos entender que a Bíblia diz retomando nossa primeira palestra: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” e vocês não têm ideia do que isso significa, que nascemos totalmente depravados, odiando a Deus e amando a nós mesmos de maneira idólatra, que nós nunca buscaríamos a Deus, nunca iríamos a Deus, nós nos rebelamos contra Deus, quebramos toda a Lei. Não é só uma questão de que já pecamos uma vez aqui e outra acolá e um band aid resolverá a questão. A questão é: nunca fizemos nada além de pecar.É o que o diálogo com a mulher revelou. “até as nossas maiores obras são como trapos de imundícia perante Deus”. E por causa disso, você sabe o que merecemos? A ira de Deus.
Nós precisamos entender uma coisa, Jesus Cristo ensinou, os profetas ensinaram, os apóstolos ensinaram isto: que, a não ser a graça de Deus, revelada em Jesus Cristo, nosso Senhor, a única coisa que resta para nós é a ira, a violenta ira de Deus, por causa de nossa rebeliãoe de nossos pecados. Deus é justo, ele não varre esses crimes para debaixo do tapete do universo. Ele tem ira santacontra eles. Merecem a punição e isso fica muito claro “porque o salário do pecado é a morte”(Rm 6.23). “A alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.4). Paulo nos revela em Efésios 2.1-3 o tripé sobre o qual nossa identidade caída, por natureza, se estrutura: morte, desobediência e ira.
Existe, portanto, uma santa maldição pairando sobre todo o pecado. Não punir seria injustiça. Seria endossar o desmerecimento de Deus o tornando cumplice de nosso pecado. Mas assim, Deus disse: “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las” (Gl 3.10; Dt 27.26). Mas o amor de Deus não descansa com a maldição que paira sobre toda a humanidade pecaminosa. Ele não se contenta em demonstrar a ira, por mais santa que seja. Assim, Deus envia seu próprio Filho para absorver a sua ira e carregar a maldição no lugar de todos quantos nele confiam. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar” (GI 3.13).
“À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Marcos 15.34)
Diante de nós está o coração do Evangelho. Um dos grandes males da pregação evangelística contemporânea é que ela raramente fala da condição humana e explica a cruz de Cristo. Não é suficiente dizer que ele morreu – todos os homens morrem. Não é suficiente dizer que ele morreu uma morte nobre – mártires ao longo da história fizeram e fazem o mesmo. É infinitamente mais que isso!
Devemos entender que não teremos proclamado completamente a morte de Cristo com poder salvador até que tenhamos limpado as confusões que a cercam e exposto seu verdadeiro significado: Ele morreu carregando as transgressões de seu povo e sofreu a pena divina por seus pecados. Ele foi abandonado por Deus e esmagado sob a ira de Deus em nosso lugar!!!
É esse o significado da palavra “propiciação” em (Rm 3.25). Refere-se à remoção da ira de Deus por prover um substituto. O próprio Deus oferece o substituto. Jesus Cristo não apenas cancela a ira; ele absorve-a e desvia-a de nós para si mesmo. A ira de Deus é justa, e foi executada, não retirada. “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”. 1 Coríntios 5:21. Sem relegar a cruz a segundo plano mas para colocá-la em destaque, não podemos nos esquecer da razão pela qual a morte de Jesus tem infinito valor diante de Deus, o Pai. E a resposta está na vida sem pecado do Filho de Deus, uma vida de cumprimento perfeito da lei do Senhor.
Não houve um momento sequer da vida de Jesus em que o pecado tenha o tocado. Nenhuma palavra, nenhum ato, nenhum pensamento, nenhuma motivação. Tudo o que Jesus fez foi para a glória de Deus, segundo a vontade de Deus, no poder do Espírito de Deus. Ao contrário do primeiro Adão, que pecou em um mundo antes sem pecado, o último Adão não pecou mesmo em um mundo mergulhado no pecado. Do começo ao fim, sem pecado. Essa é a razão porque Jesus é o único qualificado para nos fazer “justiça de Deus”. Uma vida manchada pelo pecado, ainda que fosse uma única mancha, não é uma oferta válida para satisfazer o padrão divino de justiça. Ele, e somente Ele, não conheceu pecado. Ele cumpriu toda a lei de Deus. “Foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4.15b), com o agravante de ter enfrentado uma inigualável oposição demoníaca, pois o Diabo e seus servos malignos sabiam que Ele era o Santo de Deus (Mc 1.24).
Quando Jesus de Nazaré, o Filho, a 2ª Pessoa da Trindade, pregado em uma cruz romana, disse “Está consumado!” e entregou seu espírito, o Deus Pai não viu apenas condenação e morte. Ele viu a justiça sendo finalmente manifestada (Rm 3.26). A punição que o pecado exige de um Deus justo e santo foi plenamente satisfeita através de um sacrifício de infinito valor: a morte de uma vida justa, a vida do Filho de Deus, o homem divino. Não poderia ser algo de menor valor. Não existe nada de maior valor. A não-pecaminosidade de Jesus é a base para o valor de sua morte na cruz. Por isso Ele pode ser o substituto de todo o povo eleito de Deus.
Pela fé em Cristo, somos mais que perdoados. Somos “feitos justiça de Deus”. Na escala da justiça, não saímos do negativo para o neutro. Saímos do infinitamente negativo para o infinitamente positivo! Do império das trevas para o reino da luz. De alvo da ira para objeto do amor. De inimigos para filhos.A troca graciosa de nossa injustiça pela justiça de Jesus pôde acontecer somente porque Ele não conheceu pecado.
Por isso nem Satanás ou qualquer outra criatura podem acusar Deus de injusto ao justificar terríveis pecadores como eu e você. Por que em Cristo, cumprimos toda lei. Através da fé, a vida sem pecado dele é a nossa vida. Diante do tribunal do Juiz de toda a terra, somos tão justos quanto Jesus. O que era impossível para nós, o próprio Deus fez, “para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”.Abandonemos, portanto, toda tentativa de aprovação diante de Deus por qualquer coisa que não seja a perfeita, completa e consumada justiça de Cristo. E se alguém se gloriar, glorie-se somente na cruz daquele que não conheceu pecado. Noutras palavras Paulo está dizendo que Deus Pai tratou Jesus Cristo, o Filho perfeito em todos os seus caminhos, como um pecador ou pessoa injusta, para que nós pecadores imperfeitos em todos os nossos caminhos, pudéssemos ser tratados como justos.
O Filho de Deus trocou de lugar com os homens pecadores, redimindo-os da maldição da lei, fazendo-Se maldição por eles. E ao3º diaRESSUSCITOU, pois a morte não pode dete-lo. O Pai, na força do Espírito Santo ressuscita o Filho.
Não podemos brincar com Deus ou deixar por menos o seu amor. Jamais estaremos diante de Deus maravilhados por sermos por ele amados até que reconheçamos a seriedade de nosso pecado e a justiça de sua ira contra nós. Mas quando, pela graça, acordamos para nossa própria indignidade, podemos olhar o sofrimento e a morte de Cristo e dizer: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”(1Jo 4.10). Esse encontro com Cristo é o cerne da nossa nova identidade.
Foi o que ocorreu a Samaritana. Ela encontrou em Cristo o tripé sobre o qual sua nova identidade se firma: arrependimento, perdão e fé (Mc 1.14-17).Pensemos numa revolução radical e completa, esse é o Evangelho. Ele promove vida nova, não corrige a velha vida. Ele nos faz nascer novamente. Ninguém entrará no céu por uma vida corrigida, mas sim, por uma nova vida. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2.10. Quando o apóstolo Paulo fala que nós somos feitura de Deus, criados em Cristo Jesus, para as boas obras, usa o termo grego POIEMA para descrever a palavra “feitura”. O Evangelho nos torna “Poiema”= poesia=feitura de Deus, a arte que Ele concebeu a partir do caos do pecado, tirando-nos do meio da morte como uma nova raça, um novo povo uma nova criação (2Co 5.17). Da morte tirando vida, um poema para a Glória de Deus!
Muitas aqui, com certeza, poderiam dar testemunho disso – de como Cristo lhes deu vida nova ao libertá-las da escravidão da morte, da rebeldia e ira que o pecado produz. Fazendo de sua vida um poema para a glória de Deus. De acordo com as Escrituras Deus escreveu sua lei nas tábuas de pedra com seu próprio dedo. Agora ele a escreve com seu dedo, por intermédio do Evangelho, em nosso coração. Um poema à sua glória, um testamento de sua justiça, um manifesto do seu amor.
A samaritana deixa seu cântaro, repito, ela abandona a beira do poço a velha vida e torna-se radicalmente diferente! Ela vira uma missionária. Ela tornou-se uma nova obra de Deus, algo totalmente novo. Um novo poema de vida começou a ser escrito por Deus.
Você também é o poema de Deus, a expressão máxima de sua ternura. Deus ainda não acabou a obra que começou a realizar em sua vida. O último capítulo da sua vida ainda não foi escrito. O grande projeto de Deus é transformar você numa pessoa parecida com Jesus. Ele quer que você revele ao mundo a suprema riqueza da sua graça!
Todo o amor e toda ternura de Deus foram demonstrados por Deus a você. Você foi criado à imagem e semelhança de DEUS. As digitais do Criador estão presentes em sua vida. Ele entreteceu você, de forma assombrosamente maravilhosa, no ventre de sua mãe. Conheceu sua substancia ainda informe. Ouviu a primeira batida do seu coração. Estava presente quando você se mexeu pela primeira vez no ventre da sua mãe. Celebrou seu nascimento e acompanhou seus primeiros passos. Você é preciosa para Deus. O amor de Deus por você recua à eternidade. Deus nunca desistiu de atrair você com cordas de Amor. Deus está escrevendo em sua vida uma linda mensagem. Deus se deleita em você da mesma forma que o noivo se alegra da noiva. Você é filha de Deus, herdeira de Deus, herança de Deus. Você é o deleite de Deus, a menina dos olhos de Deus, em quem ele tem todo o seu prazer. Glorifique a Deus porque em Cristo você tem um valor infinito e eterno. Talvez hoje você não perceba issou, mas Deus ainda está escrevendo esse poema. No final, sua vida terá uma sonoridade agradável aos ouvidos de Deus e será um troféu de sua maravilhosa graça! Uma obra que o glorifica! Afinal é para isso que fomos criadas!!
Como isso ocorre?
Deus nos predestinou para sermos conformes à imagem do seu Filho (Rm 8:29). Deus está esculpindo em nós o caráter de Cristo pelo poder do Espírito Santo (2 Co 3:18). O cinzel que Deus usa para nos transformar é a sua Palavra. Deus nos coloca na bigorna do ferreiro para fazer-nos de um instrumento inútil e enferrujado, um instrumento útil para a sua obra.
O pastor Hernandes Dias Lopes exemplifica: Aqui vemos três “Ps”:
1) O poeta – Deus Pai;
2) A pena – Cristo o Filho;
3) O Poema – S. Humano.
Deus está trabalhando em nós. A conversão não é o fim da obra, mas o começo. O mesmo poder que lhe deu vida espiritual, pode agora santificar a sua vida para que você possa ser um belo poema para Deus! Quando entendemos por meio de Jesus essa doce verdade finalmente encontramos nossa vocação, nosso lugar e nossa IDENTIDADE.
Vídeo: Deserto do Neguebe– metáfora da nova vida em Cristo.
De um lugar desértico, morto – surge nova vida. Assim acontece conosco quando o manancial da Água Viva – Jesus Cristo– no encontra e nos arrependemos de nossos pecados, abandonando a velha vida para ressurgir numa TOTALMENTE NOVA!“Porque dele, e por meio dele, e para Ele são todas as coisas. A Ele, pois, a glória etern