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Conflitos Diários (2a. Semana)

Por Carmen Prochnow

Tempo, bem precioso e raro.

Quem de nós já não usou ou ouviu a expressão, “não tenho tempo”.

Quem de nós já não entrou em conflito, e ansiou ter mais tempo, tempo para realizar inúmeras tarefas.

Desejamos constantemente ter mais tempo para fazer muitas coisas, sejam elas nas obrigações profissionais, familiares, para estar mais com quem amamos, ou até para o nosso lazer.

Quando estive me preparando para esse tema do dia de hoje, estávamos próximos das nossas férias, e tínhamos programado tirar 20 dias, mas algo inusitado e extremamente incomum estava acontecendo, dos 20 dias de férias que teríamos pela frente, por incrível que pareça, somente o primeiro dia estava programado, e eu me alegrava muito com isso.

Pensei comigo, que coisa maravilhosa, poder fazer o que quiser, sem ter tudo pré-programado, com tempo pra descansar, talvez dormir bastante, brincar com as filhas, jogar, passear, ler um livro, e…. ter tempo para Deus. mas o tempo passou tão rápido.

Ansiamos ter tempo para tantas coisas, ansiamos ter tempo para Deus, mas o nosso sentimento é de que o tempo nunca é suficiente para todas as coisas, e consequentemente nos sentimos SEM TEMPO PARA DEUS.

Muitas vezes pensamos e compreendemos que ter tempo para Deus, é quando conseguimos em meio a nossa rotina constantemente tirar um tempo específico para estar no culto, louvar a Deus, fazer nosso momento devocional, ter tempo de oração, leitura da palavra e serviço na comunidade de fé, pensamos que ter tempo com Deus, é quando especificamente paramos os nossos afazeres para estar com Ele.

Mas neste retiro queremos quebrar um pouco este paradigma.

Deus se manifesta e age em nós nestes momentos tão importantes e necessários para o desenvolvimento de uma fé cristã sadia, mas ele também está conosco e quer agir em nós no dia a dia, na nossa rotina diária.

Ter tempo para Deus é saber que tão importante quanto ter meu tempo de palavra, comunhão, oração e serviço, é deixar Ele me guiar e agir em minha vida no meu dia a dia, como também vimos na nossa primeira palestra: Rotina, encontrando Deus no meu dia a dia.

Resumir:

Subtema: CONFLITOS DIÁRIOS

Penso que temos muito mais facilidade de reconhecer o agir, o falar e a presença de Deus no momento de culto, no louvor em comunidade, ou nos nossos momentos pessoais de comunhão e aprendizado, ou até em momentos de grandes provações, como doenças ou perdas de alguém querido ou até em meio a grandes catástrofes.

Vemos com facilidade o agir divino naquilo que é extraordinário, mas Ele também quer estar tão presente em nossas vidas, se manifestando e agindo no ordinário, ou seja em todas as situações do nosso dia a dia, até nas mais simples corriqueiras.

Ele quer se fazer bem presente como ouvimos ontem, na rotina do nosso dia a dia, mas também quer estar bem presente em meio a nossos CONFLITOS DIÁRIOS, (nosso tema de hoje).

Conflito é conf. Dic. Oposição de ideias, sentimentos ou interesses”, ou seja é o choque entre forças contrárias ou opiniões divergentes. Conflitos são lutas, oposições, discussões ou confusão que enfrentamos.(sinônimos)

Que conflitos podem ser estes:

– quando tenho meu dia tão bem organizado nos minutos, e na hora de sair não acho a chave do carro

– quando tropeço nos brinquedos espalhados na sala
– quando tenho uma discussão com o marido ou filhos

– quando estou precisando de sossego e meu filho adolescente está a fim de um som

– quando entro no quarto e vejo a toalha molhada em cima da cama

Quais são os teus conflitos, pense no teu dia a dia, na tua rotina, quais são as situações que você passa e que testam teus limites, fazem perder a calma e te tiram a paciência. Que lutas, oposições, confusões você passa e talvez por considera-los pequenos não damos a devida atenção, e de gota em gota o balde vai enchendo, e nos fazem tropeçar, mesmo naquela pequena pedrinha.

Pense um pouco na tua realidade, nos teus conflitos que passa.

Dentro desta realidade de conflitos em que cada uma de nós refletiu neste momento, precisamos descobrir a prática de incluir a Cristo neles, deixando que Ele nos oriente, trabalhe em nós, capacite e ensine a viver uma vida em santidade, isto é ter Tempo para Deus.

O apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios nos deixa algumas dicas de como deve ser nosso proceder, lembrando alguns aspectos que devem ou não fazer parte de nós quando enfrentamos conflitos: Queremos ler:

Ef 4:25-32

Quando enfrentamos conflitos, discussões, pressões e lutas, estes facilmente nos desestabilizam, tiram nossa paz e o velho homem se manifesta, ou muitas vezes são os frutos da carne que querem aparecer, e neste texto vemos alguns desses frutos que não devem fazer parte de nós nos momentos de conflito que enfrentamos:

Aspectos que não deveriam aparecer em nossos conflitos:

  •   V.25 mentira – tentando tirar vantagem, para seu próprio bem em meio ao conflito, talvez usemos de mentiras, meias verdades ou omissões.
  •   V.26 ira– o sangue sobe, perdemos a calma e nos iramos, enchemos de raiva. Quando perdemos o controle, a raiva nos faz ter atitudes impensadas.
  •   V.29 palavras torpes– palavras duras, feias, de baixo escalão, que fazem mal aos outros e provocam estragos, destroem. Nos conflitos o cuidado com a nossa língua deve ser redobrado.
  •   V.31amargura, quando a raiva já criou raiz no coração e me causa dor e sofrimento, cólera, impulsos violentos contra o outro, iragritaria, berros, blasfêmias, falar o que não confere ou insultar, malícia, falar de forma maldosa, no intuito de ferir.

Em meio a conflitos quão facilmente nos deixamos levar por esses sentimentos tão maus, e palavras duras escapam de nossa boca e fazem um grande estrago.

Na raiva facilmente falamos sem pensar,ou usamos de coisas que não conferem, usamos as palavras intencionalmente de má forma no intuito de ferir e machucar ou omitimos verdades em benefício próprio.

Precisamos lembrar sempre quem é o pai da mentira.

Facilmente permitimos que a ira tome conta de nós, deixamos que ela faça morada em nosso coração, e uma coisa pequena vira um grande obstáculo, difícil de transpor.

Precisamos ter muito cuidado com estes sentimentos ruins que fazem morada em nosso coração, criam raízes, por isso:

Alertas em meio a conflitos

 v.26 – Não deixar o sol se por sobre nossa ira. Paulo nos recomenda a não deixar o tempo passar, mas enfrentar e resolver os nossos conflitos. As vezes empurramos situações para debaixo do tapete, achando que o tempo as resolverão, mas cuidado, se não os enfrentarmos e tentarmos resolver estamos dando espaço para o inimigo. Torna-se um campo perigoso para a tentação e dúvidas.

v.27 – Não dar lugar ao diabo – sentimentos maus, palavras tortas ou meias verdades, vão dando brechas para ação do inimigo em nossas vidas, é como se uma pequena fresta na janela fosse deixando o vento entrar e ele vai soprando e pode derrubar o lindo e delicado vaso de flores sobre a mesa. Precisamos dar a devida atenção, senão vamos entristecendo o espirito.

v.30 – Não entristecer o Espirito Santo. Quando orientamos nossos filhos e eles não nos dão ouvidos e continuam fazendo errado, ficamos tristes, assim se sabemos como devemos fazer e não nos esforçamos para acertar vamos entristecendo o espírito.

Mas queremos enfrentar e resolver nossos conflitos não deixando brecha para o inimigo, nem entristecendo o espirito, mas o alegrando, por isso vejamos alguns aspectos que o texto no lembra

Aspectos que deveriam estar presentes em nossos conflitos:

  •   V.28 mudança – aquilo que eu fazia antes não vou fazer mais (furtava, não furte mais) e vou fazer melhor ainda, vou trabalhar pra repartir, ou seja em meus conflitos vou deixar de agir da forma que dá brecha ao inimigo entristecendo o espirito, vou fazer o que o alegra e vou além, dou um passo a mais
  •   . v.25 verdade, não mais mentiras, meias verdades, omissões ou palavras usadas em meu benefício mas somente o que conferir, for verdadeiro
  •   v.29 palavras boas que edifiquem – não somente vou cuidar com minhas palavras pra não destruir, mas vou falar o que possa edificar, construir. Em meus conflitos quero aprender a edificar, não destruir.v.32 benignidadecompaixãoperdão – em meus conflitos quero ser bom para com o outro, agir com bondade, me colocando no seu lugar e perdoando sempre, como Deus em Jesus nos perdoa.

Deus em Cristo é nosso exemplo
Ef 5:1 – imitadores como filhos amados.

Em meio a nossos conflitos diários, não estamos sozinhos nesta luta, Deus quer estar presente, nos capacitando através do seu Espirito Santo, no qual fomos selados(v.30).

Por isso podemos brigar, mas que nossas brigas sejam da forma certa

Tg 1:19-20. ( Estejamos prontos para ouvir, tardio para falar, tardio para irar-se), que seja esta a forma de enfrentarmos nossos conflitos. Ouça mais, fale menos e fuja da ira, se obedecermos essas dicas da palavra, grande parte de nossos conflitos talvez nem existissem.

Muitas vezes falhamos, mas precisamos reconhecer nossa culpa, e confessar nosso pecado.

Tg 5:16 (Confessai os pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados). O remédio para nossas culpas é a confissão com oração, processo para cura, muito negligenciado atualmente mas muito importante.

Conflitos trazem consigo muito sofrimento, dor, culpas, mas o propósito divino é a nossa reconciliação.

Gostaria de encerrar nosso meditar nesta manhã com o vers. de 2 Co 5:18-19

Ora tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, a saber que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.

Nós estávamos brigados com Deus, nosso maior conflito, mas este Ele mesmo já resolveu pra nós, e nos dá todas as condições e capacidade para resolvermos nossos conflitos pessoais, e compreendermos e agir desta forma, isto é Ter tempo para Ele.

Ter Tempo para Deus é permitir que em meus Conflitos o meu proceder seja verdadeiro, edificante e bom, da forma que alegra seu espírito.

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Conflitos diários (1a. semana)

Por Mirian Christen

Nosso tema neste retiro nos leva a refletir como é nosso dia a dia. E como é nosso relacionamento com Deus. A maioria de nós vive com Jesus há muito tempo. Será que, se olharmos para trás podemos ver transformação em nosso ser? Será que hoje estamos mais parecidas com Jesus? Será que conseguimos ver crescimento na relação pessoal com Deus e com as pessoas?

O tema desta palestra é: Conflitos diários. 

O que são conflitos? A palavra conflito está ligada à discórdia, divergência, dissonância, controvérsia. As pessoas quase nunca têm objetivos e interesses idênticos. As diferenças de objetivos e interesses produzem o conflito. Muitas vezes, o conflito surge através de um olhar, um gesto ou mesmo uma falta de atitude. Não há história sem conflito. Não há romance, conto ou poesia sem conflito. Não há vida sem conflitos internos ou externos!

O conflito é inevitável e pode tornar-se violência. A violência nasce do vazio. O conflito, da convivência. A sabedoria está em fazer dos conflitos ocasiões de crescimento!

Por muito tempo fiz tudo para evitar conflitos. Mas não há como viver livre deles. Todas nós os vivemos durante nosso desenvolvimento pessoal. Crises, situações tensas e difíceis, situações que cada uma de nós têm que enfrentar sozinhas, ou mesmo resolver em conjunto.

O livro: “A liturgia do ordinário”, que é base do tema de nosso retiro, nos traz a certeza de que cada dia nosso importa grandemente para Deus. É a maneira que Deus usa para nos encontrar, nos transformar, nos ensinar a amá-lo e a amar os outros também. Ontem já ouvimos como Deus nos encontra e como nós O encontramos no dia a dia. E, através dos conflitos diários nós exercemos paciência, tolerância, dividimos o fardo, aprendemos responsabilidade, confessamos pecados, pedimos perdão, negamo-nos a nós mesmas.

O livro apresenta o exemplo de uma mulher que, em meio às atividades de seu dia a dia, planejou sair de manhã para ir ao mercado e à uma reunião. Então, depois de tudo feito, de se arrumar para sair, não achou a chave do carro. E procura e não acha, e fica nervosa, e um pouco em pânico. A calma se vai e ela tenta achar procurando em todos os lugares possíveis. Ela se autocondena – Como eu posso ser tão relaxada e não saber onde coloquei a chave? E fica se culpando. E condena os outros – Certamente as meninas brincaram com a chave e a deixaram jogada em algum lugar! Ou foi o marido? Será que a levou junto para o trabalho? Será que Deus pode me ajudar? Sim, por que Ele não ajuda logo? Aí ela fica em agonia. Procura a chave até em lugares que nunca estaria. Procura outra vez. Ela constata que já se passaram nove minutos. Agora ela pensa: Última tentativa. Para e ora. Respira fundo. Ela se acha ridícula, exagerando. Pede ajuda divina. Nada. Se desespera. Se joga no sofá. – Nunca vou achar a chave, conclui. – Estou presa. Não vou conseguir seguir meus planos. Sou uma perdedora. Nada vale a pena. E então, de repente, envergonhada e culpada pelo exagero, se recompõe e começa a procurar outra vez, passo a passo. Sete minutos depois encontra a chave debaixo do sofá. – Achei! Grita como se alguém estivesse ouvindo. E, rapidamente, ela vai até a garagem para sair com o carro. Agora, desiste de ir ao mercado e vai direto à reunião. E diz: “A minha chave perdida acaba sendo um ruído no meu dia, nada importante, tão pequenos e esquecíveis minutos. Mas, também foi um tempo de desvendar e descobrir”.

Será que nos reconhecemos em meio a essa história? Então podemos aprender algumas coisas importantes com ela.

  • Ela reconhece que agarra com força o controle, e quão pouco controle ela realmente tem. E na ausência de controle o conflito acontece: se sente presa e estressada. E as coisas que quer esconder aparecem. Na verdade, no decorrer da vida, usamos máscaras porque não queremos mostrar certas coisas que habitam nosso interior. E conflitos que nos sobrevêm fazem aparecer coisas das quais Deus quer nos limpar e libertar. Nos purificar. Em João 8.31-32, Jesus nos diz: (ler). 
  • Autoengano. É a tendência que o nosso cérebro tem de mentir para nós mesmos. É uma maneira de criar ilusões – mecanismo de defesa – enganando-se a si mesmo. Quando cometemos algum erro, colocamos a culpa sobre o outro. Autoengano não nos permite reconhecer os nossos erros, tampouco de buscar ajuda. Assim, evitamos encarar a realidade. A mulher começou a pensar que talvez as meninas tivessem perdido a chave. Ou que o marido a tivesse levado. Culpamos os outros quando as coisas não dão certo, quando as coisas desaparecem, quando nos sentimos incapazes de resolver algo. Adão e Eva fizeram exatamente isso. Desobedeceram a Deus e depois culparam a serpente, a mulher, e a Deus mesmo. Vejo como nas minhas atividades diárias eu me irrito facilmente e sou até estúpida porque não assumo a responsabilidade de estar errada, passando a culpar os outros. Daí vamos nos auto enganando. Reconheço que preciso amadurecer e crescer na obediência ao Senhor. Aprender a ter domínio próprio e agir sem me irritar por coisinhas que ocorrem no dia a dia. Nos conflitos podemos aprender coisas preciosas a nosso respeito, mesmo que, às vezes, sejam ruins. Aprender que nem sempre vai dar tudo certo, que preciso enfrentar com maturidade algo que sai do meu controle. Precisamos aceitar nossos erros para deixá-los aos pés da cruz. Através da confissão e pedido de perdão somos libertos do erro. Somos perdoadas por Jesus. Deus quer nos transformar à imagem de Cristo (Romanos 8.28-30).
  • Dessa experiência da perda da chave do carro, também podemos aprender que quando as coisas não dão certo como planejamos, podemos ainda assim ficar contentes. Paulo nos fala para estarmos contentes em qualquer situação – Filipenses 4.11. Para ele isso significava encontrar contentamento em meio a naufrágios, espancamentos e perseguições. Mas não precisamos esperar por coisas tão difíceis para provar estar contente em qualquer circunstância. O chamado de Deus ao contentamento é um chamado em meio às minhas e às tuas circunstâncias concretas de hoje. Deste dia. Deste momento. Precisamos encontrar alegria e rejeitar o desespero em meio às pressões e ansiedades do dia. Reformamos os móveis de cozinha em dezembro passado. Foi tudo muito rápido. Mas daí a saída de água da pia não conectava, provocando vazamentos. Não podia lavar a louça, nem abrir a torneira. E, mesmo tendo ali pertinho a cozinha de minha mãe, fiquei cansada e incomodada pelo vazamento. Após isso resolvido, a água da torneira só saía bem fraquinha. Podia ser ar no cano que vem da caixa de água. Muitas tentativas para solucionar o problema foram feitas. Todas frustradas. De novo não podia usar minha pia. Tinha que carregar as louças para lá e para cá. E a alegria da cozinha nova queria ir embora. Esse chamado ao contentamento é um chamado em meio às circunstâncias concretas desse tipo, àquelas em que me encontro hoje. “Alegrai-vos no Senhor, outra vez digo: alegrai-vos” – Filipenses 4.4. Precisamos cultivar a prática de encontrar a Cristo nestes pequenos momentos de angústia, frustração e raiva. Do contrário, vamos passar a vida imaginando, esperando, pregando e ensinando como partilhar dos sofrimentos de Cristo na perseguição ou em sofrimento extremo como a morte. Enquanto isso, nossos dias reais podem ser de murmuração, descontentamento e ansiedade. Ah, para que a água voltasse a escorrer bem da torneira, bastou limpar o filtro na ponta dela!

Deixar de usar máscaras, deixar o autoengano e contentar-se em qualquer situação parecem ser as principais lições da chave perdida. O arrependimento e a fé são ritmos constantes e diários da vida cristã, como o é o ato de respirar. Nesses pequenos momentos que revelam a nossa fraqueza e pecado, precisamos desenvolver o hábito de admitir a verdade de quem realmente somos, sem querer nos justificar ou minimizar o nosso pecado. Ao mesmo tempo, também precisamos desenvolver o hábito de aceitar o amor de Deus, confiando a Ele sempre de novo as nossas vidas, recebendo suas palavras de perdão e purificação. 

Deus busca mais ardentemente a mim do que a mulher por sua chave. Ele zela por encontrar o seu povo e restaurá-lo. 

E quando a questão acontece nos relacionamentos?

Temos a tendência de ver as dificuldades de nos entendermos, de entendermos o nosso próximo como coisas ruins, coisas que nos atrapalham ou nos trazem sentimentos de culpa. Precisamos aprender que nada é em vão, nada sem sentido, nada é perdido. Nada do que vivemos ou fazemos, nossas escolhas e sonhos, fogem do Senhorio de Deus em nossa vida. Deus está nos formando em novo povo, em novas pessoas. E o lugar dessa formação está nos pequenos momentos de hoje. (Tish Harrison Warren). 

Acontece um desentendimento entre a mulher da chave e seu marido, ou comigo e meu marido, ou de você com o seu marido, ou da filha com sua mãe. Muitos são os nossos relacionamentos. Muitos também podem ser os desentendimentos, os conflitos. Não precisa ser um conflito enorme. Nem uma crise matrimonial. Nem motivo para divórcio. São conflitos mais parecidos com uma pedrinha no sapato. Causados por um ressentimento habitual que pode se acumular. E depois de discussões, de fala mais alta que o normal, de indiretas, acontece um silêncio. Um afastamento. Cada uma das partes vai esperar que a outra baixe as armas primeiro. Isso requer muita coragem, mais coragem do que qualquer um tem neste momento. 

É incrível como conseguimos nos entender muito bem com pessoas com quem não convivemos diariamente. Quando entramos em conflito com alguém, normalmente é com os que mais amamos e que mais próximos de nós estão. 

A luta para “amar o teu próximo” é testada mais frequentemente na nossa casa, com nosso marido, com nossos filhos, com nossos pais idosos…

A autora do livro diz: “Negligencio frequentemente o óbvio, proclamando um amor radical para o mundo, enquanto negligencio o cuidado daqueles mais próximos a mim. Mas estou cada vez mais ciente de que não posso buscar a paz de Deus e a Sua missão no mundo sem começar bem onde eu estou, na minha casa, na minha vizinhança, na minha igreja, com as pessoas reais que estão bem do meu lado”.

Precisamos aprender a ouvir o outro. A acatar suas ideias e só então falar e argumentar se for necessário. E com amor. Leiamos Tiago 1.19-20. Também é necessário lutar pela paz. II Coríntios 13.11. A paz de Cristo se evidencia quando estou cozinhando para os meus queridos, ou quando suporto uma palavra azeda sem revidar. O amor ordinário, do dia a dia é a substância da paz na terra, a moeda de troca da graça de Deus na nossa vida. No culto cristão somos lembrados de que a paz é um produto doméstico e artesanal, começando em nossos lares, na vida diária, nas redondezas. Cada vez que fazemos uma pequena escolha pela justiça, compramos do comércio justo, buscamos compartilhar ao invés de acumular, estendemos misericórdia aos que estão ao nosso redor e generosidade aos que discordam de nós ou dizemos “eu te perdoo”. Assim passamos a paz onde estamos do jeito que podemos. Deus pode tomar essas coisas ordinárias, abençoá-las e multiplicá-las. Ele pode fazer histórias revolucionárias através de pequenas coisas, de pequenos atos de paz. E precisamos uns dos outros para buscarmos a Deus e a paz para a nossa cidade. Passar a paz de todas as formas que pudermos, no lugar e na esfera em que Deus nos chamou é uma prática cristã em que cada uma de nós deve viver diariamente (I Pedro 3.11). Na bíblia encontramos mais de 200 vezes a palavra paz. 

Precisamos aprender a seguir a Jesus de segunda a sexta-feira, com todas as implicações que existem e que acontecem. Para deixar esclarecido, a autora e seu marido, depois de 20 minutos, cederam. Ela pediu perdão e ele também. Perdoaram-se um ao outro. Porque vivemos num mundo caído, buscar a paz envolverá sempre perdão e reconciliação. Nosso perdão e reconciliação não são capacidades nossas, mas fluirão do perdão de Cristo dado para nós. É a paz de Cristo, nosso pacificador. Deus nos reconciliou consigo mesmo. Somos pessoas briguentas, mas Deus está nos reformando para sermos pessoas que, nos momentos ordinários, estabeleçamos o Seu reino de paz. Vamos ler Efésios 4.25ss.

Fazer a oração com confissão e proclamação de perdão. 

“Deus misericordioso, confessamos que pecamos contra Ti em pensamento palavra e ação, pelo que fizemos e pelo que deixamos de fazer. Não amamos a Ti com todo o nosso coração; não amamos o nosso próximo como a nós mesmos. Estamos verdadeiramente tristes por isso e nos arrependemos humildemente. Por amor a Seu Filho, Jesus Cristo, tem misericórdia de nós e nos perdoa, para que possamos nos alegrar na Sua vontade e andar nos Seus caminhos, para a glória do Teu nome”.

Proclamar a paz. Filipenses 4.17.

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Rotina: encontrando a Deus no dia-a-dia (1a. Semana)

Por Thaysa Kopsch

Quem já arrumou a cama? Quem faz isso sempre? Sejam sinceras, se vocês acham que isso é algo inútil, afinal, vai desarrumar de noite igual né.

Agora outra pergunta: Quem já conferiu o facebook ou instagram hoje? Isso não pode faltar, precisamos estar sempre por dentro de tudo né? Eu posso falar por mim que não passa um dia sem que eu não mexa nisso aqui.

Mas afinal, o que isso tem a ver com nosso tema, Sem tempo para Deus?

Vejamos, deem uma olhada nas fotos que vou passar e quero que vocês me respondam, em qual delas temos uma mulher dedicando tempo para Deus:

Eu digo que todas elas podem estar encontrando Deus, e é sobre isso que vou falar com vocês nessa manhã.

Rotina – encontrando a Deus no dia-a-dia

Rotina:

1. Caminho já trilhado ou sabido. = ROTINEIRA
2. Prática constante, em geral. = COSTUME, ROTINEIRA
3. Hábito de fazer uma coisa sempre do mesmo modo. = ROTINEIRA 4. Índole conservadora ou oposta ao progresso. =

Significado de Ordinário: Adjetivo. Que está em conformidade com o habitual. Que é comum; normal: circunstâncias ordinárias. Que se repete com regularidade; que tende a acontecer com frequência: discursou a sua ordinária ironia. Que não possui nem demonstra brilho, proeminência ou destaque; medíocre.

Mário Sérgio Cortella (filósofo) dias atuais, no seu livro Por que fazemos o que fazemos? Vai escrever um capítulo sobre a rotina, mas especificamente sobre a rotina do trabalho, mas que podemos utilizar para todas as nossas ações do dia a dia.

Ele argumenta que nosso problema com a rotina não é a rotina em si, mas a monotonia. Na verdade, a rotina pode nos libertar, pois ela nos dá organização e segurança. E nisso eu posso demonstrar com meu próprio exemplo, eu morava aqui em São Bento, sozinha, tinha meu espaço e meu tempo para fazer as coisas, mas agora desde dezembro eu voltei a morar com os meus pais em Timbó, pelo até julho desse ano.

E vou dizer, que nas duas primeiras semanas foi difícil, pois além de eu não ter mais as coisas onde eu estava acostumada, eu precisei me acostumar com a rotina de mais quatro pessoas, e dois cachorros barulhentos. Eu sentia falta do meu dia a dia aqui de São

Bento, de poder acordar e dormir a hora que eu quisesse, de lavar a minha louça e roupa quando eu quisesse, do silêncio do meu canto. Porque ali eu já tinha um lugar que me dava segurança.

Agora já melhorou, mas eu ainda não estou com minha nova rotina formada, até porque ainda estou de férias da faculdade, mas acredito que a partir da semana que vem já volte mais ao normal.

Mas o que a rotina tem a ver com Deus? Tem tudo a ver. A divisão entre aquilo que é do mundo e o que é sagrado é algo tão natural em nossa mente que normalmente separamos Deus das coisas ordinárias da vida, associando-o com situações mais ‘santas’ como um momento de oração, uma reunião da igreja, o culto, etc.

Não costumamos pensar nisso quando escovamos os nossos dentes, fazemos compras no mercado, comemos nosso pãozinho com schmia ou dirigimos. A maior parte do que molda a nossa vida acontece “embaixo da mente”, nas coisas que na maioria das vezes fazemos sem pensar. E ainda pior, por serem coisas que se repetem todo dia, são consideradas como lemos antes, medíocres, monótonas, chatas.

Por isso que tentar encontrar Deus em algo que sequer paramos pra pensar que estamos fazendo é complicado, mas eu te digo que temos como, pois o nosso ordinário, é absolutamente importante para nosso relacionamento com Deus.

Texto bíblico de Hebreus 13:1-9: Enquanto abrimos as bíblias vou explicar um pouquinho sobre hebreus, é uma carta, que até hoje não se sabe ao certo quem escreveu, alguns dizem que foi o apóstolo Paulo, outros que foi Apolo. Também não sabemos que eram os destinatários da carta, mas pelo seu conteúdo, era uma comunidade ameaçada de se desviar do centro da fé em Jesus Cristo.

Hebreus busca retratar principalmente o paralelo da gloria da nova aliança em relação à antiga, através da morte e ressureição de Jesus Cristo, e que seu sacrifício acabou com qualquer necessidade de realizar os sacrifícios da antiga aliança.

E a última parte da carta, que é a que vamos ler, tem instruções bem práticas, pois o autor de Hebreus entende que todo aquele que tem um encontro com o Cristo vivo, precisa ter visível em sua vida a obra e a salvação, pela fé e pela santificação. Então a exortação que vamos ler tem como assunto principal a prática da nossa fé no cotidiano.

Vemos abaixo como viver nosso dia a dia, mas também como devemos tratar as outras pessoas. E quero chamar a atenção para o primeiro versículo que fala sobre a permanência do amor fraternal. O autor chama a atenção para que seja algo constante no dia a dia. E ele exemplifica com algumas maneiras de amar: através da hospitalidade, e

vai lembrar dos encarcerados, provavelmente se referindo aqueles que estavam presos por testemunharem sua fé. Quando um membro do corpo sofre, todos sofrem com ele.

  1. Seja constante o amor fraternal.
  2. Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber algunsacolheram anjos.
  3. Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles; dosque estão sendo maltratados, como se fossem vocês mesmos que oestivessem sofrendo no corpo.

Vivemos em rotinas formadas por hábitos e práticas, e é no ordinário que eu

começo a aprender a amar, a ouvir, a prestar atenção em Deus e naqueles que estão ao nosso redor.

A palavra de Deus nos aponta para um viver comunitário e de amor, onde eu sou tirada da minha rotina egoísta, isso é, só pra mim, e presto atenção no outro, dirijo meus hábitos em favor de outra pessoa além de mim mesma.

Seguido disso, temos duas áreas importantíssimas do nosso dia a dia, que vemos no casamento, e como eu me porto em relação ao outro, e quando não estou com o outro, pois apesar do ser humano ter muitos hábitos ocultos dos outros, Deus vê.

E a outra é a ganância, e, além de ser contrário ao amor ao próximo, pois sempre irei querer mais pra mim, saindo o irmão no prejuízo. Mas também é contrário à total dependência que deveríamos ter em Deus.

  1. O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros.
  2. Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: “Nunca o deixarei, nunca o abandonarei”.
  3. Podemos, pois, dizer com confiança: “O Senhor é o meu ajudador, não temerei. O que me podem fazer os homens? “

Esses dois últimos versículos eu retomo daqui a pouco, mas agora vem a parte do texto que eu gostaria de dar mais atenção:

7. Lembrem-se dos seus líderes, que lhes falaram a palavra de Deus. Observem bem o resultado da vida que tiveram e imitem a sua fé.

Temos os neste versículo uma palavra muito importante, a imitação. Quando o autor fala de imitação, e uma das marcas mais fortes dos líderes da igreja antiga era a perseverança na palavra de Deus e na fé em Jesus, ainda que isso levasse à sua

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perseguição, prisão, e no fim, o martírio. Então não tem como não falar em imita-los sem falar em persistência e dependência diária do cuidado de Deus.

8. Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.

No início de Hb 1.12 temos que mesmo mudando as gerações, a nossa fé é em um Senhor imutável. Por isso que nós até hoje podemos olhar para a história da fé de homens que tiveram suas vidas transformadas por Deus, e então imitá-los.

Sabe, quando eu recebi o tema de hoje, e tomei tempo para ler sobre rotina, e como nós já comentamos antes sobre o preconceito com ela, eu lembrei deste versículo.

Deus é o mesmo, Ele age da mesma forma, apesar do ser humano ter o hábito de sempre tentar se afastar dEle, nosso Deus tem o hábito de perdoar e ir ao nosso encontro. Assim foi a história de Deus conosco desde Gênesis com Adão e Eva, e depois com a história com o seu povo, os israelitas, até que Ele demonstrou isso de maneira tão surpreendente quando veio até nós através de seu filho Jesus Cristo. Mas não esqueçam que Deus também exerce juízo, há muito juízo de Deus se lermos a bíblia, mas através de Cristo Ele quer dar mais uma chance para a humanidade, mas só até a segunda volta de Jesus.

O fato de Cristo sempre ser o mesmo, isto é, uma eternidade que não compreende aquilo que entendemos por tempo, quer dizer que em todo tempo ele está presente. Nós podemos achar, e nos enganar, que há tempos que Ele não está presente, ou, como temos nosso tema esse ano, que nós não temos tempo para Ele, mas em todos os minutos do teu dia, Ele continua sendo Cristo. E voltando agora ao versículo 5, o que encontramos? nunca te deixarei, nunca te abandonarei! Porque ele sempre é Ele, e sempre está com cada uma aqui. Em tudo o que fazemos.

E aqui eu não tenho como não lembrar o que o Cortella fala sobre a rotina ser uma segurança, pois sabemos pelo que esperar.

Vocês já pararam pra pensar se Jesus não fosse o mesmo em cada tempo, se ele mudasse, e tudo que foi falado pudesse mudar? O fato de Cristo permanecer o mesmo, nos garante e dá paz quanto à nossa salvação e o nosso futuro. E da mesma forma a constância de Deus nos faz perseverar também, pois ter fé em Cristo é permanecer andando como ele andou (1 Jo 2.6).

Mas será que nossas rotinas estão de acordo com os caminhos trilhados por Jesus? Como podemos saber?

9. Não se deixem levar pelos diversos ensinos estranhos. É bom que o nosso coração seja fortalecido pela graça, e não por alimentos cerimoniais, os quais não têm valor para aqueles que os comem.

Como eu falei na introdução da carta, a carta de Hb queria avisar aos seus destinatários que eles corriam o risco de se desviar da fé, e um motivo para isso parece manifestar-se na dúvida em relação à suficiência da obra salvífica de Deus realizada em Jesus Cristo.

Haviam pessoas ensinando que só aquilo que Jesus fez não era o suficiente, e que precisamos de rituais para nos ajudar a alcançar a salvação. Aqui o autor fala de certos alimentos, e isso retoma aos sacrifícios de animais feitos no Antigo Testamento. Mas que a partir de Jesus, não são mais necessários.

E temos que entender aqui que a firmeza de fé do coração humano não se adquire pela prática de um ritual legalista, mas como consequência da graça de Deus.

Mas então Thaysa, você está me dizendo que o ritual, isso é, algo que nós sempre fazemos igual, não é o que nos salva. Isso. Mas então nossa rotina também não tem nada a ver com nossa salvação. Sim, e não. Ela não nos salva, mas ao prestarmos a atenção nela, podemos identificar se estamos ou não direcionados para o autor da salvação, que é Cristo.

Vou demonstrar isso explicando um pouco através do sentido que a palavra Coração tinha nos tempos bíblicos. Era nele que ocorria a vida interior, era visto como o centro da personalidade e o lugar onde Deus se revelava aos homens. Do coração vinha os pensamentos, desejos e os sentimentos.

Diante disso, é o coração onde Deus purifica, desperta e cria a fé, sendo ele o alvo da nossa santificação, é ele que precisa ser mudado para que mudemos nossas ações.

Versículos que demonstram que o coração está associado à nossa rotina:

Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida Pv 4.23; Se é do coração que depende minha vida, é a partir dele que são criados meus hábitos e desejos que me impulsionam a fazer as coisas.

James K. A. Smith é um canadense-americano, professor de Filosofia e Teologia, e escreveu um livro que se chama Você é aquilo que ama: o poder espiritual do hábito. Eu não cheguei a ler o livro, mas assisti a uma palestra dele explicando um capítulo, e ele diz que nossa visão do que gostamos fica impregnada em nós por meio de práticas repetitivas que motivam como vivemos e o que amamos.

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Hábitos moldam os nossos desejos da mesma forma quando alguém resolve fazer uma reeducação alimentar, alguém já precisou cortar doces? Eu sou uma chocólatra e uma vez precisei fazer isso por questões de saúde, e como foi difícil. A primeira semana eu só pensava em açúcar, a segunda eu tinha aquela vontade depois do almoço e um desgosto por ter que comer pão com coisas salgadas no café, isso pra mim não descia. Mas na terceira semana a vontade foi diminuindo, e depois de um mês, não era mais uma necessidade, eu não desejava mais pelo doce. Aquilo que eu pretendia fazer, só foi possível, porque eu persisti em uma nova rotina, pois o só querer diminuir o açúcar não iria fazer eu parar de gostar dele.

Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração Mt 6.21.

Os meus desejos são visíveis através daquilo que faço. É bem interessante as formas frequentemente invisíveis e silenciosas com que passamos o nosso tempo são o que nos formam, mesmo que pareçam ser inofensivas. E acreditem, como vivemos cada dia ordinário é como estamos vivendo nossa vida inteira, inclusive minha vida perante Deus. Nossos corações e nossos amores são moldados pelo que fazemos diariamente.

E o que acontece é que muitos cristãos tem uma rotina que na maioria das vezes acaba sendo igual à das pessoas que não acreditam nesse Deus, mas com um pitadas extra de espiritualidade.

Acham que por irem à igreja e orarem de vez em quando o faz diferente de quem não faz. Mas se minhas ações não mostram Cristo, quer dizer que meu coração não está desejando a Ele.

Podem ser coisas pequenas, mas que com o tempo podem me afastar muito de Deus. Pensem em uma bússola, você tem como o seu Norte a Deus, e uma bússola sempre vai ter que apontar para o norte, e consequentemente, você vai se direcionar para lá. Mas imaginem que a calibragem da bússola estiver errada, nem que seja um grau, mesmo que pareça ser algo insignificante, se você andar todos os dias da tua vida indo um grau para o lado errado, no fim da jornada, você vai estar muito desviada do seu alvo.

E assim somos com nossos hábitos, podemos achar que estamos bem direcionadas, mas nossas ações, mesmo nós não percebendo, podem estar nos levando por uma rota contrária, e podemos só perceber isso depois de muito tempo.

Eu falo por mim, eu sei que nos últimos dois anos eu adquiri um hábito muito ruim, que é o de procrastinar, sempre ir adiando o que eu preciso fazer. Começou comigo ficar enrolando na cama pra levantar, eu usava a desculpa do cansaço, e então comecei a

pegar o celular e antes de sair da cama já tinha olhado todas as minhas redes sociais. E aí percebia que iria me atrasar, e sai correndo, ainda assim chegando atrasada as vezes.

E eu sei que isso foi ganhando espaço em todas as áreas da minha vida, para os meus trabalhos, até para sair com meus amigos, eu ficava enrolando em casa. Eu sei que tem pessoas que vivem assim e estão tranquilas. Mas eu sou uma pessoa ansiosa, e com o tempo, isso começa a afetar meu sono, meu humor, e minha saúde. E sem contar que eu fico com sentimento que poderia ter feito melhor!

E tudo começou comigo enrolando pra levantar, (não me levem a mal, tem dias que é uma maravilha ficar na cama mais tempo, vendo um tv, descansando de uma semana agitada, mas não pode se tornar um hábito!

E pra mim foi bem interessante perceber essa questão do hábito, pois apesar de eu saber que não preciso andar ansiosa por coisa alguma, afinal Jesus disse isso, depositar tudo em suas mãos, e eu sei disso, mas saber é diferente de fazer! como um exemplo bem prático, eu estou começando a escrever o TCC agora, a entrega é para maio, se eu deixar pra começar a fazê-lo em maio, um trabalho que dá mais ou menos 50 páginas e muita pesquisa, como eu não vou ficar ansiosa até lá? Então eu preciso mudar um hábito, viram como isso é forte na nossa vida?

Por isso, qual é o seu verdadeiro tesouro? Analisem, eu conheço pessoas que ficam o dia todo na frente da TV, no celular, e ali você pode adorar várias coisas, desde ser uma compradora fanática, viciada em tirar selfies e postá-las, ou, você fica o dia todo jogando Candy Crush ou outro joguinho. Tudo isso pode acabar nos alienando em uma rotina totalmente voltada para nós mesmas, ondem nosso verdadeiro tesouro somos nós e nossos desejos.

Mas então, como eu consigo mudar isso? Como eu mudo meu norte para Deus? O versículo continua: nossos corações devem ser fortalecidos pela graça, e não por nossas rotinas. A graça nada mais é que a essência do ato salvífico de Deus mediante Jesus Cristo, concretizada na sua morte sacrifical e ressureição, e todas as consequências após ela.

A graça é o presente dado por Deus que nós não merecemos, e aqui se você quer entender de uma vez por todas porque Deus te encontra na tua rotina, é só ver o que Cristo fez.

Deus, o mais extraordinário que nós tentamos imaginar, mas não conseguimos compreender isso, é demais, se tornou ordinário, veio ao nosso encontro como um simples homem, viveu todas as coisas que eu e você vivemos, de uma forma um pouco diferente por causa da cultura e da época, mas tenham certeza que Jesus comia o pão que a mãe

fazia pra ele quando criança, que ele ia no banheiro, ele dormia, ele chorava, ele se irava, ele vivia um dia a dia como eu e você. E no fim, ele sofreu o fim mais ordinário e comum, a morte. O extraordinário que se tornou ordinário para que eu e você possamos ter acesso ao extraordinário novamente. Antes de Cristo o ser humano tinha que passar por rituais e sacrifícios para tentar ter um relacionamento com Deus, mas só com Jesus nós temos acesso completo ao Pai.

E por isso, assim como a graça é um dom de Deus, a firmeza do coração também é dada por Deus.

Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos. Pv 16.9;

Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens Cl 3.23;

E como ela nos alcança? Pela sua palavra, assim Deus se revela a nós, e por isso precisamos busca-la. E aqui eu preciso fazer um comentário sobre isso, porque é uma coisa que tem me incomodado nos últimos tempos. Da mesma forma que o alimento rotineiro, a nossa higienização, nosso sono e todas as nossas coisas feitas de maneira impensada, que não parecem ter qualquer importância no dia a dia, a palavra de Deus pode parecer entediante, até esquecível. Mas não significa que não está nos nutrindo e mudando nosso viver.

Como essa palestra agora, pode ser que para algumas aqui, o que eu falei pode ficar sempre na lembrança de vocês, pode ter sido por terem achado muito interessante e gostado, mas também pode ser uma lembrança por terem achado muito ruim. Mas ainda tem a possibilidade que o que eu esteja falando hoje não seja nada memorável, e depois de alguns dias não lembrem mais. Entretanto, a palavra de Deus vai agir em cada uma que ouvi-la.

E temos um grande problema atualmente de pessoas que buscam entretenimento e não ouvir a verdade que a palavra quer ensinar. Então temos a busca por shows bombásticos que sejam capazes de prender a atenção dos ouvintes, nem que seja por pouco tempo. As igrejas mais tradicionais perdem “público”, pois são consideradas ultrapassadas e chatas. Porque são sempre iguais, a mesma rotina sempre de novo.

Estamos vivendo em uma época em que a experiência individual, o sentimento que eu tenho quando encontro com Deus se tornou a peça central da vida cristã, e não o que deveria ser central, a Palavra. Mas da mesma forma que Cristo é o mesmo para

sempre, a sua Palavra não muda, e é necessária para que nossos corações sejam fortalecidos pelo dom da graça.

Vi em um instagram de uma influencer/blogueira cristã com muitos seguidores, que eu gosto muito do que ela fala, que em 2020 ela deseja se aproximar mais de Deus e quer experiências poderosas com Ele. Mas o que seriam essas experiências? Milagres, um profecia, um sonho, um livramento? A verdade que essas coisas tudo ocorrem, mas não são o ordinário, são extraordinárias, e se esperarmos apenas eventos assim para dizer que eu encontro a Deus e sinto Ele, vamos nos frustrar, e vamos perder o foco do que realmente importa, meu dia a dia com Deus.

A rotina torna possível o nosso dia a dia, é o agora, o presente e suas repetições que impulsionam a vida, e não os eventos extraordinários. Adaptando essa frase, não são aqueles momentos dignos de bater a foto e postar nas redes sociais, como as férias, viagens, lugares diferentes, que fazem a grande parte da tua e da minha vida, mas são aqueles momentos entre uma foto e outra, como um dia de limpeza antes de receber aquela a visita para comemorar um aniversário, pois isso temos que fazer quase todos os dias, enquanto que aniversário, é uma vez por ano.

Vida cristã é isso, repetição, de oração, de nossas idas ao encontro de Deus no culto e em nossas devoções pessoais, o convívio com as pessoas e amá-las, mesmo que não seja fácil fazer isso todos os dias, e principalmente, nosso arrependimento e fé em Cristo precisam ser renovados todos os dias.

PARA REFLETIR:

Você pode pensar numa prática ou ritual diário que te formou ou te moldou de uma maneira grande ou pequena?

Tem algum hábito que te distorceu e que você precise mudar? Se existe, o que posso fazer a partir de hoje para que minha rotina me transforme em uma mulher direcionada para a vontade de Deus?

Mudar hábitos pode ser difícil, mas é possível, com certeza. Quando optamos por hábitos que nos direcionem para mais perto da vontade de Deus, teremos uma vida fortalecida pela sua palavra, e não precisaremos estar preocupadas que não temos tido tempo para Ele, pois teremos certeza que ali nas nossas atividades diárias, ali também Deus está. Amém!

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O tempo de Deus! O Deus sem pressa! (1a. Semana)

Por Luciane Stahlhoefer

Novo ano, vida nova. O que você planejou para este ano? Qual seu plano para o seu tempo? Metas para preencher os seus 366 dias com sucesso! Sim este ano você irá ganha mais 24h. 

Você assim como eu iniciou este ano planejando o seu tempo de férias. Que incluiu este retiro. Você certamente pensou que seria uma tempo bem investido os dias passados aqui. 

Férias vamos lá!

Quem aqui já não passou pela experiência de sair de férias e ter um congestionamento no seu caminho, na verdade nem sempre vc consegue saber o motivo dele. Quando se tem crianças no carro e elas começam a ficar entediadas tudo parece piorar. 

Acabou a água, alguém precisa ir ao banheiro, ou então é verão! Quanto mais esperamos mais nos irritamos, ai começamos a tentar encontrar uma forma de sair dali. Existem pessoas que buzinam num engarrafamento, o que não adianta para nada. Muitas vezes diante de momentos de espera não falamos nada, mas se nossos sentimentos aparecessem tbm estariam buzinando. 

Agimos como donos do tempo, queremos ter controle dele.

Os agricultores sabem bem que não tem como sermos donos do tempo. Chuvas, vento, sol, granizo, etc. 

A vida é feita de muitas experiências e emoções diferentes. Eclesiastes 3 explica que há momentos de alegria e de tristeza, de surpresa e de desilusão, de sucesso e de fracasso… As coisas mudam, passam, transformam-se. Nenhuma situação dura para sempre. 

O Autor de Eclesiastes sabia bem este ritmo do tempo em nossas vidas. 

Eclesiastes 3:1-8

Há um tempo correto para cada experiência. Por exemplo, um bebê recém-nascido tem de crescer um pouco antes de poder comer comida sólida. Da mesma forma, há uma ocasião certa para cada fase da vida.

Muitas vezes queremos tudo na hora, sem esperar pelo tempo certo. Isso não é bom. Construir a casa na areia é mais rápido que construir na rocha mas a base não é sólida. 

Mas em nossas vidas modernas o tempo é algo que tentamos gerenciar e que muitas vezes nos deixa angustiados, ansiosos e rancorosos. 

Computadores lentos nos deixam irritados. Celulares com bateria ao fim nos deixam ansiosos.  Pessoas lentas nos deixam rancorosos. 

Se soubéssemos quando seria o ultimo dia de nossas vidas, nós entenderíamos que o tempo não está no nosso controle. (viveríamos com mais qualidade as horas que nos restam).

Sim, pois o dia de amanhã não está em nossas mãos, mas agimos como se ele nos pertencesse. (podemos planejar) E isso nos traz ansiedade e angustia. 

E para o nosso bem, diante dessa vida frenética, Deus nos presenteia com algo muito especial e que faz bem ao nosso corpo, mente e alma. Esse presente se chama Espera

Através de momentos como estes, engarrafamentos no transito, filas em consultórios e supermercados, encomendas que não chegam (Ilustrar falado da caixa do correio).

Sim, nessas coisas mais corriqueiras e ordinários Deus nos molda ao seu Tempo e nos ensina a esperar. 

Nestes momentos, brincamos com os dedos, lemos algo, olhamos o celular, bocejamos, tudo isso mostra nossa inquietação interior diante da frustração.

Esperar pela mudança na vida de um cônjuge, por um filho que se foi, ou pelos filhos que não conseguimos ter. Todas essas esperas requerem algo que se chama paciência. O rei Davi descreve algo bem interessante sobre esse tempo da espera no salmo 40 .1-4 vemos relatado. 

Os que esperam encontram segurança pois entende que o tempo pertence a Deus e são revigorados na comunhão com Ele. O tempo da espera nos aproxima de Deus.  Depois conseguimos olhar para traz e e louva-lo pela perfeição da sua obra (v.3).

Mas o que fazer quando parece que ele não atende os desejos do nosso coração? Ele é capaz de nos ensinar a ama-lo e louvá-lo enquanto aguardamos. Esperar em Deus nunca é perda de tempo!

O que fica claro é que não controlamos o tempo. Todos os dias esperamos por cura, ajuda, por resgate, redenção e como todos pela morte e pela gloria. 

Os cristãos são um povo que esperam. Ao olharmos a história vemos a maior espera delas, O MESSIAS. Ainda esperamos. Já e ainda não. A consumação da obra. 

Mas nas nossas vidas diárias desenvolvemos hábitos de impaciência, de acelerar, de tentar fazer o maior numero de coisas em 24h. 

Como ser alguém que vigia e espera o tempo vindouro se eu mal posso esperar o café passar na cafeteira? 

A paciência, a mansidão como lemos nas escrituras é um fruto do Espirito, através dela suportamos o insuportável (pois nos parece muitas vezes ao passar pela espera que elá é pesada demais), não para que sejamos conhecidos como heróis, mas para que a gloria e majestade de Deus seja revelada.  

Durante a espera ficamos na expectativa como se fossemos ganhar um presente, mas a espera é o presente.  A espera é ativa e cheia de propósitos (Dar o exemplo da terra que espera pela plantação). Por ela ser ativa não podemos ignorar o mundo que vivemos, a injustiça e as trevas ao nosso redor. Somos chamados a neste tempo de espera a fazer diferença neste mundo. Sendo inquietos diante do presente  faz sentido a oração : Venha o teu reino! Não nos conformemos com este século e com os “luxos”

que aqui temos.  

Muitas vezes ao olharmos essas injustiças e desigualdades nos iramos. É possível irar sem pecar? Paulo escreve em Ef 4.26ss (ira-vos mas não pequeis, não se ponha o sol sobre a ira (perdão). 

É possível irar-se e não pecar. Contudo, devido à natureza humana pecaminosa, é muito mais fácil irar e pecar. Então vamos entender um pouco sobre a ira. O termo “ira” denota um sentimento de inconformidade, indignação por alguma injustiça ou coisa semelhante. Essa ira não é pecaminosa, pois a atitude seguinte é a de tentar fazer justiça, acertar as contas, no sentido de buscar um entendimento, um acordo ou uma reconciliação, mas de forma cristã, com base no amor. Isso envolve diálogo, brandura, perdão, etc. Quando o termo “ira” se relaciona mais com o sentimento de raiva, ódio, que também pode ser oriundo de uma injustiça, ou desentendimento, e tem por consequência uma atitude hostil que busca fazer justiça com as “próprias mãos” (algum tipo de vingança), esse tipo de reação caracteriza-se como uma reação pecaminosa. 

Quando somos crianças vivemos como se o tempo fosse eterno e fazemos tudo com lentidão, o que por vezes irritou aos nossas pais e hoje nos irrita como pais. Quando chegamos a fase adulta parece que vivemos freneticamente diante de um tempo que irá acabar. 

O tempo! Ah o tempo!  Parece que ele é um produto, uma invenção feita para vender algo (dia dos pais, mães, crianças, volta as aulas, feriados nacionais, saldões de Black Friday, etc). Assim vivemos de festa em festas, sempre esperando as correrias para as próximas comemorações. 

Existe algo bem especial que quero apresentar para vocês, talvez vcs já o conheçam. O tempo de Deus! Podemos observa-lo no calendário litúrgico. Ele vai muito além das datas de Natal e Páscoa. Ele nos mostra o tempo de Deus dentro da história e nos faz enxergar e viver em outro ritmo do que o mundo. (mostrar uma planilha do calendário litúrgico).  

Descobrir este calendário litúrgico, vez com que a autora descobrisse um tempo que não está ligado a uma estratégia de marketing para vender algo. Assim ela percebeu que o tempo pode ser sagrado. Sim, o tempo planejado e construído por Deus na história é sagrado. 

Advento, Natal e epifania, nos mostram a história do povo de Deus que anseia por um messias.  Quaresma, Pascoa e pentecostes, História da tentação, o viver num mundo de pecado, seu sofrimento e morte, ressureição, ascensão, e a historia do inicio da igreja. 

Ao olharmos este tempo de Deus, vemos que não há celebração sem preparação. Primeiro esperamos, sofremos, choramos, lamentamos, nos arrependemos. (pascoa – quaresma, Natal – advento). 

Deus nos mostra que no esperar ele nos molda, nos faz reconhecer nossos erros e nos concede o perdão. E então celebramos aqui (a salvação, as bençaos, o cuidado) e tbm celebraremos no tempo vindouro (vida eterna). 

Somos impacientes, queremos felicidade e realizações agora, fico muito irritada com atrasos pois vejo que o tempo não anda no meu ritmo. Então imaginamos que se conseguirmos estar a frente da correria, estaremos em segurança. Para isso buscamos meditações, livros, coach (citar a pulseira do meu irmão), etc.  Novamente tentamos por nós mesmos provar que somos bons administradores do tempo e não precisamos de Deus para isso. E que estamos seguros quando sabemos gestar bem o nosso tempo. 

Mas precisamos ver o tempo como um presente de Deus, ele não é uma mercadoria. Ele não gira em torno de mim, mas sim do que Deus fez, está fazendo e do que ele fará. Esperar e ter esperança é um ato de fé. E Cristo deve ser o cerne do nosso tempo. Quando olhamos para ele e sua obra, substituímos o desespero do passar do tempo, pela alegria da sua volta (Se vivemos por ele, morreremos por ele). 

            No final do ano que passou eu pude experimentar isso. Em vez de me colocar dentro da correria e desespero de final de ano, Deus me mostrou através do tempo de advento a contemplar a espera. (o calendário litúrgico) Você sabia que o primeiro dia do calendário litúrgico é o primeiro domingo de advento. Sim! O calendário começa com a espera, a mais linda e misericordiosa espera. 

Vamos fazer aqui uma pratica (devocional, crescimento, santificação, tempo de Deus). Vocês sabem que tempo se iniciou ontem? A epifania!

Em termos de seu significado mais profundo no ano da igreja, a temporada da Epifania tem grande importância e drama. Durante a Epifania, celebramos que aquele que nasceu em Belém é uma Luz para todas as nações (representadas pelos magos), e exploramos o ministério de Jesus entre a manjedoura e a cruz.

A palavra “epifania” vem de uma palavra grega que significa “manifestação” ou “aparecimento”. No contexto da história da igreja, esta palavra tornou-se estreitamente associada à revelação de Cristo em conexão com a visita dos Magos. A adoração dos Magos é um sinal de que a luz de Cristo veio para o mundo inteiro, mesmo para os gentios mais distante do alcance do mundo conhecido. Através do batismo de Jesus, o amor de Deus é demonstrado e revelado como um relacionamento trinitário.

A estação da Epifania coloca especial ênfase no ministério de ensino e de cura de Cristo.

Quantas coisas maravilhosas Deus pode nos ensinar no nosso dia a dia através dessa época da epifania (jesus realmente é o messias, seu ministério). 

Agora como viver esse tempo na minha vida hoje? No tempo da epifania, da manifestação de Cristo. Ele se manisfesta as pessoas através da nossa vida. 

            Portanto queridas, o tempo de Deus é perfeito, bom e agradável. Minha oração é que o Espírito Santo nos faça ver o tempo de Deus na história para que possamos a cada dia, nas coisas mais ordinárias, como ficar presa no transito, esperar na fila do banco ou de um consultório medico, sermos ensinados que a espera é ativa e que ela é um presente de Deus. 

Amém!

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Retiro da Mulher 2020 – 1a. Semana

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Retiro de Mulheres 2020 – 2a Semana

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COMO CONVERSAR SOBRE SEXUALIDADE?

Apresentação do seminario por Briggite Klemz

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NOVA CRIATURA – NOVA IDENTIDADE

Palestra proferida no Congresso de Mulheres 2019 por Carol Fickel

A mulher samaritana II (4.27-42)

Gostaria de retornar ao relato da mulher samaritana. Na última palestra vimos que no momento em que a conversa entre ela e Jesus estava intensa chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse ali conversando com uma mulher e ainda mais samaritana – (vs. 27).

Vamos ler então o desfecho desse encontro é suas aplicações para nossa vida. Vamos retomar alguns aspectos: Em primeiro lugar, não por acaso, Jesus vai ao encontro de uma mulher, estigmatizada que em sua terrível alienação está na presença das únicas companhias que lhe são fieis: os seus pensamentos e sofrimentos. Jesus tinha um encontro marcado com ela, sem ela ao menos o saber. Apesar do possível escândalo que tal atitude pudesse gerar entre seus discípulos, Jesus sabe da urgência daquele diálogo e de sua ação salvadora. Se Jesus estava cansado da viagem, aquela mulher estava cansada da vida. Mal sabia ela que sua sede era maior do que a de Jesus. Mal sabia que diante dela estava a verdadeira fonte de água do amor de Deus que promove restauração.

Aquele diálogo tão profundo, foi um divisor de águas. Não demorou muito para ela largar seu pote e voltar a cidade para testemunhar sobre o que ela tinha visto e ouvido. O que a levou a tomar tal atitude? Ela estava convencida de que Jesus não era apenas um profeta que lhe revelara os segredos de sua vida, mas o Messias que lhe ensinaria todas as coisas e que ao desnudar a miséria e aridez desértica do seu coração lhe transformou num jardim. Olhem o que nos diz Salmos 126.4 “Restaura, SENHOR, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe.”Neguebe é a denominação de uma região desértica que fica no Sul da Palestina, abaixo da linha das cidades de Belém e Hebrom, o calor lá chega a 60 graus. É um lugar onde os beduínos, os nômades dos desertos, precisam andar todos cobertos porque o calor é tão intenso  que ele começa a rachar a pele… os cabelos das mulheres não podem estar nem um fio descoberto porque senão eles começam a se quebrar com o calor da região… a condição climática ali arrebenta com qualquer vida. 

Mas, durante a estação das chuvas ocorria algo muito especial com o Neguebe. Na Palestina as chuvas caem no período que vai do mês de outubro até o mês de abril, sendo que na segunda fase da estação caem as chuvas torrenciais ou chuvas serôdias como está mencionado na Bíblia. Com estas chuvas caindo na Palestina as águas gradativamente vinham escorrendo pelos montes até atingirem o deserto do Neguebe que ficava na região mais baixa. 

As águas abundantes formavam vários riachos que regavam o deserto e em poucos dias o lugar que antes era tão feio, solitário e sem vida ganhava outro aspecto. Os campos tornavam-se lindos, úmidos e floridos, coberto pelo verde da vegetação que ali era desenvolvida. A vida do lugar era restaurada. Os animais retornavam e a paisagem do ambiente tornava-se linda. Neste período também floresce uma flor naquele lugar de uma beleza rara… parece até mentira que uma paisagem pode mudar tanto assim não é? Pois foi o que ocorreu com aquela mulher. Como pode ser isso? Alguém mudar tanto assim? Como pode um coração desértico se tornar na imagem do paraíso, num Jardim?

O impacto torrencial desse encontro levou a mulher a largar seu cântaro e ir até os habitantes de sua cidade. Isso é muito significativo. Cabe aqui uma alegoria, o cântaro representa o abandono das velhas prioridades presas a velha vida. A mulher que se isolava por sofrimento e vergonha, ao encontrar a água viva e eterna abandona o cântaro que só podia conter a água perecível e estagnada, se faz missionária. Uma profunda transformação, um milagre ocorrera ali. Uma nova identidade foi forjada.

Isso leva, novamente, a pergunta que não pode calar: Como um Deus Justo pode perdoar-nos e reestabelecer nossa identidade em meio a nossa miserável condição e ainda permanecer justo?  Uma vez que a identidade de Deus é composta por seus atributos eternos dentro os quais Justiça e Santidade. A identidade do ser humano é pecadora. Como se dá esse encontro e aceitação sem que Deus se torne cúmplice de nossa culpa? Sem comprometer seus atributos?

Vejam, o pecado é mortal e radical.É como um câncer, não pode ser tratado com medidas paleativas. O pecado nos torna mortos em nossos delitos conforme Paulo nos afirma em Efésios 2.5. No encontro de Jesus com aquela mulher estamos diante não de um mero melhoramento moral ou um implemento de vida a partir de auto estima e autoajuda. Jesus não agiu como um coach fazendo com que ao olhar para dentro de si a Samaritana encontrasse valor. Pelo contrário, ele revelou a gravidade mortal de sua condição e que de fato o que ela precisava não estava dentro dela, mas nEle. Ela não precisava de dicas de autoajuda ou caminhos para auto estima, aliás o ser humano pecador já nasce com autoestima e amando a si acima de tudo, acima de todas as coisas. Essa é nossa miserável condição. Pelo contrário, ela precisava de ressurreição. De um novo nascimento! 

Ela entendeu que nunca conseguiria emendar seus caminhos, reformar sua vida, melhorar seu procedimento, fazer coisas boas para compensar as más, porque o que ela (e todos nós) precisamos é de uma ressurreição, nada menos que isso. Precisamos nascer de novo, conforme Jesus falara antes a Nicodemus. 

Mas como nascer novamente? Como equacionar perdão de Deus, santidade e justiça com nosso pecado? Como um Deus Santo pode ser justo e ao mesmo tempo justificador do pecador sem ser seu cumplice? Qual é afinal a reposta para esse dilema? A Resposta está em Jesus e na sua cruz! Vamos ler:

      “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro). “Gálatas 3.13

     “Deus propôs [a Cristo], no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ler Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos. Tendo em vista a manifestação da Sua Justiça no tempo presente, Ele mesmo ser o Justo e o Justificador daquele que tem fé em Jesus Cristo.” Romanos 3.25-26

    “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” 1 João 4.10

Se Deus não fosse justo, não haveria exigência para o sofrimento e a morte de seu Filho. E se Deus não fosse amoroso, não haveria disposição do Filho de sofrer e morrer. Mas Deus é justo e amoroso. Assim, seu amor se dispõe a cumprir as exigências de sua própria justiça e da sua Lei.

A Lei de Deus exige: “Amarás… o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6.5). Porém, todos temos amado mais a nós mesmos e as outras coisas que brotam desse amor doentio. O pecado é isso — desonrar a Deus pela preferência de outras coisas, e agir com base nessas preferências, guiados por elas como no caso da samaritana o seu vício por relacionamentos amorosos fracassados e sucessivos. Assim, diz a Bíblia que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Nós glorificamos aquilo em que mais temos prazer. E após a queda não é Deus, somos nós mesmos.

Sendo assim, o pecado não é algo pequeno, porque não é uma falta contra um pequeno REI. A seriedade do insulto aumenta com a dignidade daquele que é insultado: DEUS. O Criador do universo é infinitamente digno de respeito, admiração e lealdade. Sendo assim, deixar de amá-lo não é trivial — é uma traição. Difama a Deus e destrói a felicidade humana fazendo-a perder sua vocação original e consequentemente sua identidade.

As pessoas perguntam porque a cruz? Porque nós precisamos entender que a Bíblia diz retomando nossa primeira palestra: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” e vocês não têm ideia do que isso significa, que nascemos totalmente depravados, odiando a Deus e amando a nós mesmos de maneira idólatra, que nós nunca buscaríamos a Deus, nunca iríamos a Deus, nós nos rebelamos contra Deus, quebramos toda a Lei. Não é só uma questão de que  já pecamos uma vez aqui e outra acolá e um band aid resolverá a questão. A questão é: nunca fizemos nada além de pecar.É o que o diálogo com a mulher revelou. “até as nossas maiores obras são como trapos de imundícia perante Deus”. E por causa disso, você sabe o que merecemos? A ira de Deus. 

Nós precisamos entender uma coisa, Jesus Cristo ensinou, os profetas ensinaram, os apóstolos ensinaram isto: que, a não ser a graça de Deus, revelada em Jesus Cristo, nosso Senhor, a única coisa que resta para nós é a ira, a violenta ira de Deus, por causa de nossa rebeliãoe de nossos pecados. Deus é justo, ele não varre esses crimes para debaixo do tapete do universo. Ele tem ira santacontra eles. Merecem a punição e isso fica muito claro “porque o salário do pecado é a morte”(Rm 6.23). “A alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.4). Paulo nos revela em Efésios 2.1-3 o tripé sobre o qual nossa identidade caída, por natureza, se estrutura: morte, desobediência e ira.

Existe, portanto, uma santa maldição pairando sobre todo o pecado. Não punir seria injustiça. Seria endossar o desmerecimento de Deus o tornando cumplice de nosso pecado. Mas assim, Deus disse: “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las” (Gl 3.10; Dt 27.26). Mas o amor de Deus não descansa com a maldição que paira sobre toda a humanidade pecaminosa. Ele não se contenta em demonstrar a ira, por mais santa que seja. Assim, Deus envia seu próprio Filho para absorver a sua ira e carregar a maldição no lugar de todos quantos nele confiam. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar” (GI 3.13). 

“À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Marcos 15.34)

Diante de nós está o coração do Evangelho. Um dos grandes males da pregação evangelística contemporânea é que ela raramente fala da condição humana e explica a cruz de Cristo. Não é suficiente dizer que ele morreu – todos os homens morrem. Não é suficiente dizer que ele morreu uma morte nobre – mártires ao longo da história fizeram e fazem o mesmo. É infinitamente mais que isso!

Devemos entender que não teremos proclamado completamente a morte de Cristo com poder salvador até que tenhamos limpado as confusões que a cercam e exposto seu verdadeiro significado: Ele morreu carregando as transgressões de seu povo e sofreu a pena divina por seus pecados. Ele foi abandonado por Deus e esmagado sob a ira de Deus em nosso lugar!!!

É esse o significado da palavra “propiciação” em  (Rm 3.25). Refere-se à remoção da ira de Deus por prover um substituto. O próprio Deus oferece o substituto. Jesus Cristo não apenas cancela a ira; ele absorve-a e desvia-a de nós para si mesmo. A ira de Deus é justa, e foi executada, não retirada. “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”. 1 Coríntios 5:21. Sem relegar a cruz a segundo plano mas para colocá-la em destaque, não podemos nos esquecer da razão pela qual a morte de Jesus tem infinito valor diante de Deus, o Pai. E a resposta está na vida sem pecado do Filho de Deus, uma vida de cumprimento perfeito da lei do Senhor. 

Não houve um momento sequer da vida de Jesus em que o pecado tenha o tocado. Nenhuma palavra, nenhum ato, nenhum pensamento, nenhuma motivação. Tudo o que Jesus fez foi para a glória de Deus, segundo a vontade de Deus, no poder do Espírito de Deus. Ao contrário do primeiro Adão, que pecou em um mundo antes sem pecado, o último Adão não pecou mesmo em um mundo mergulhado no pecado. Do começo ao fim, sem pecado. Essa é a razão porque Jesus é o único qualificado para nos fazer “justiça de Deus”. Uma vida manchada pelo pecado, ainda que fosse uma única mancha, não é uma oferta válida para satisfazer o padrão divino de justiça. Ele, e somente Ele, não conheceu pecado. Ele cumpriu toda a lei de Deus. “Foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4.15b), com o agravante de ter enfrentado uma inigualável oposição demoníaca, pois o Diabo e seus servos malignos sabiam que Ele era o Santo de Deus (Mc 1.24). 

Quando Jesus de Nazaré, o Filho, a 2ª Pessoa da Trindade, pregado em uma cruz romana, disse “Está consumado!” e entregou seu espírito, o Deus Pai não viu apenas condenação e morte. Ele viu a justiça sendo finalmente manifestada (Rm 3.26). A punição que o pecado exige de um Deus justo e santo foi plenamente satisfeita através de um sacrifício de infinito valor: a morte de uma vida justa, a vida do Filho de Deus, o homem divino. Não poderia ser algo de menor valor. Não existe nada de maior valor. A não-pecaminosidade de Jesus é a base para o valor de sua morte na cruz. Por isso Ele pode ser o substituto de todo o povo eleito de Deus.

Pela fé em Cristo, somos mais que perdoados. Somos “feitos justiça de Deus”. Na escala da justiça, não saímos do negativo para o neutro. Saímos do infinitamente negativo para o infinitamente positivo! Do império das trevas para o reino da luz. De alvo da ira para objeto do amor. De inimigos para filhos.A troca graciosa de nossa injustiça pela justiça de Jesus pôde acontecer somente porque Ele não conheceu pecado.

Por isso nem Satanás ou qualquer outra criatura podem acusar Deus de injusto ao justificar terríveis pecadores como eu e você. Por que em Cristo, cumprimos toda lei. Através da fé, a vida sem pecado dele é a nossa vida. Diante do tribunal do Juiz de toda a terra, somos tão justos quanto Jesus. O que era impossível para nós, o próprio Deus fez, “para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”.Abandonemos, portanto, toda tentativa de aprovação diante de Deus por qualquer coisa que não seja a perfeita, completa e consumada justiça de Cristo. E se alguém se gloriar, glorie-se somente na cruz daquele que não conheceu pecado. Noutras palavras Paulo está dizendo que Deus Pai tratou Jesus Cristo, o Filho perfeito em todos os seus caminhos, como um pecador ou pessoa injusta, para que nós pecadores imperfeitos em todos os nossos caminhos, pudéssemos ser tratados como justos.

O Filho de Deus trocou de lugar com os homens pecadores, redimindo-os da maldição da lei, fazendo-Se maldição por eles. E ao3º diaRESSUSCITOU, pois a morte não pode dete-lo. O Pai, na força do Espírito Santo ressuscita o Filho.

Não podemos brincar com Deus ou deixar por menos o seu amor. Jamais estaremos diante de Deus maravilhados por sermos por ele amados até que reconheçamos a seriedade de nosso pecado e a justiça de sua ira contra nós. Mas quando, pela graça, acordamos para nossa própria indignidade, podemos olhar o sofrimento e a morte de Cristo e dizer: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”(1Jo 4.10). Esse encontro com Cristo é o cerne da nossa nova identidade. 

Foi o que ocorreu a Samaritana. Ela encontrou em Cristo o tripé sobre o qual sua nova identidade se firma: arrependimento, perdão e fé (Mc 1.14-17).Pensemos numa revolução radical e completa, esse é o Evangelho. Ele promove vida nova, não corrige a velha vida. Ele nos faz nascer novamente. Ninguém entrará no céu por uma vida corrigida, mas sim, por uma nova vida. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2.10. Quando o apóstolo Paulo fala que nós somos feitura de Deus, criados em Cristo Jesus, para as boas obras, usa o termo grego POIEMA para descrever a palavra “feitura”. O Evangelho nos torna Poiema”= poesia=feitura de Deus, a arte que Ele concebeu a partir do caos do pecado, tirando-nos do meio da morte como uma nova raça, um novo povo uma nova criação (2Co 5.17). Da morte tirando vida, um poema para a Glória de Deus!

Muitas aqui, com certeza, poderiam dar testemunho disso – de como Cristo lhes deu vida nova ao libertá-las da escravidão da morte, da rebeldia e ira que o pecado produz. Fazendo de sua vida um poema para a glória de Deus. De acordo com as Escrituras Deus escreveu sua lei nas tábuas de pedra com seu próprio dedo. Agora ele a escreve com seu dedo, por intermédio do Evangelho, em nosso coração. Um poema à sua glória, um testamento de sua justiça, um manifesto do seu amor.

A samaritana deixa seu cântaro, repito, ela abandona a beira do poço a velha vida e torna-se radicalmente diferente! Ela vira uma missionária. Ela tornou-se uma nova obra de Deus, algo totalmente novo. Um novo poema de vida começou a ser escrito por Deus.

Você também é o poema de Deus, a expressão máxima de sua ternura. Deus ainda não acabou a obra que começou a realizar em sua vida. O último capítulo da sua vida ainda não foi escrito. O grande projeto de Deus é transformar você numa pessoa parecida com Jesus. Ele quer que você revele ao mundo a suprema riqueza da sua graça! 

 Todo o amor e toda ternura de Deus foram demonstrados por Deus a você. Você foi criado à imagem e semelhança de DEUS. As digitais do Criador estão presentes em sua vida. Ele entreteceu você, de forma assombrosamente maravilhosa, no ventre de sua mãe. Conheceu sua substancia ainda informe. Ouviu a primeira batida do seu coração. Estava presente quando você se mexeu pela primeira vez no ventre da sua mãe. Celebrou seu nascimento e acompanhou seus primeiros passos. Você é preciosa para Deus. O amor de Deus por você recua à eternidade. Deus nunca desistiu de atrair você com cordas de Amor. Deus está escrevendo em sua vida uma linda mensagem. Deus se deleita em você da mesma forma que o noivo se alegra da noiva. Você é filha de Deus, herdeira de Deus, herança de Deus. Você é o deleite de Deus, a menina dos olhos de Deus, em quem ele tem todo o seu prazer. Glorifique a Deus porque em Cristo você tem um valor infinito e eterno. Talvez hoje você não perceba issou, mas Deus ainda está escrevendo esse poema. No final, sua vida terá uma sonoridade agradável aos ouvidos de Deus e será um troféu de sua maravilhosa graça! Uma obra que o glorifica! Afinal é para isso que fomos criadas!!

Como isso ocorre?

Deus nos predestinou para sermos conformes à imagem do seu Filho (Rm 8:29). Deus está esculpindo em nós o caráter de Cristo pelo poder do Espírito Santo (2 Co 3:18). O cinzel que Deus usa para nos transformar é a sua Palavra. Deus nos coloca na bigorna do ferreiro para fazer-nos de um instrumento inútil e enferrujado, um instrumento útil para a sua obra.

O pastor Hernandes Dias Lopes exemplifica: Aqui vemos três “Ps”: 

1) O poeta – Deus Pai; 

2) A pena – Cristo o Filho; 

3) O Poema – S. Humano. 

Deus está trabalhando em nós. A conversão não é o fim da obra, mas o começo. O mesmo poder que lhe deu vida espiritual, pode agora santificar a sua vida para que você possa ser um belo poema para Deus! Quando entendemos por meio de Jesus essa doce verdade finalmente encontramos nossa vocação, nosso lugar e nossa IDENTIDADE.

Vídeo: Deserto do Neguebe– metáfora da nova vida em Cristo.

De um lugar desértico, morto – surge nova vida. Assim acontece conosco quando o manancial da Água Viva – Jesus Cristo– no encontra e nos arrependemos de nossos pecados, abandonando a velha vida para ressurgir numa TOTALMENTE NOVA!“Porque dele, e por meio dele, e para Ele são todas as coisas. A Ele, pois, a glória etern